Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho Bernardo em júri realizado na semana passada, em Três Passos, foi encaminhado na manhã desta segunda-feira (27) ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, para atendimento e avaliação psiquiátrica.
A medida foi autorizada pela Juíza de Direito Priscila Gomes Palmeiro, da 1ª Vara de Execuções Criminais da Capital, nesse domingo (26), depois de verificar a necessidade da intervenção em ida à PASC, em Charqueadas, onde o réu cumpre pena de prisão.
Ele havia sido levado anteriormente ao Hospital Vila Nova, porém a ausência de um médico especialista de plantão não permitiu o atendimento.
Conforme o Juiz de Direito Alexandre Pacheco, da Vara de Execuções e Penas e Medidas Alternativas (VEPMA) de Porto Alegre, responsável pela liberação da vaga no IPF, a avaliação psiquiátrica tem duração máxima de 15 dias. Após, os médicos irão considerar a necessidade ou não da permanência de Boldrini no local.
Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual da morte do filho Bernardo Boldrini, em abril de 2014, foi condenado em júri popular por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. A pena total foi de 31 anos e 8 meses de reclusão.
Caso
Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, no dia 04/04/14. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade vizinha, Frederico Westphalen.
No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos, suspeitos, respectivamente, de serem o mentor intelectual e a executora do crime, com a ajuda da amiga dela, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, Evandro Wirganovicz foi preso, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o menino foi enterrado.