
Um homem e uma mulher, acusados de torturar uma bebê, de 1 ano e 6 meses de idade, foram presos preventivamente pela Polícia Civil (PC), na praia do Barco, em Capão da Canoa. Os crimes supostamente praticados pelo casal, pai e madrasta da menina, ocorreram em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre.
A prisão foi realizada por agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, coordenados pelo delegado André Lobo Anicet. Conforme a PC, a menina foi brutalmente torturada: diversas lesões pelo corpo, queimaduras com pontas de cigarro e perna fraturada, foram alguns dos sinais apontados na investigação.
O caso cruel foi descoberto quando a avó paterna da menina foi levada a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Gravataí, pela Brigada Militar com a presença do Conselho Tutelar. No local, a mulher foi autuada em flagrante delito conforme o parágrafo 2º, artigo 26 da Lei nº 14344/2022 (Henry Borel).
O delito da avó é tratado pela lei como um crime omissivo. “É um delito que configura um não fazer, no qual a avó deixou de comunicar as autoridades competentes da situação de maus-tratos e das lesões que estavam latentes no corpo da criança”, explicou a corporação.
As investigações foram aprofundadas, desde então, e o investigadores descobriram que os maus-tratos e torturas eram praticados pelo pai da menina e pela madrasta. Devido aos fortes elementos, a representação pela prisão preventiva do casal, de 23 e 22 anos de idade.
A Justiça aceitou os elementos apontados pela polícia e expediu os mandados de prisão preventiva contra o homem e a mulher. “Foram iniciadas diligências ininterruptas, seguindo rastros do casal em diversas cidades gaúchas até localizá-los na Praia do Barco, em Capão da Canoa”, informou a PC.