A ventania causada por um ciclone extratropical no Oceano Atlântico ganhou força na madrugada deste sábado (04) e persistiu durante toda a manhã. No início da tarde, conforme registros das estações, as velocidades começaram, aos poucos, a diminuir.
A rajada mais forte na região foi apontada pela estação meteorológica do Centro de Estudos Costeiros, Lminólogicos e Marinhos (Ceclimar) da UFRGS, em Imbé. Às 4h15, registrou 97km/h. Mais cedo, a estação, às margens da Lagoa Tramandaí, havia marcado rajada de 93 km/h, às 1h12.
Na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Tramandaí, a rajada mais forte foi registrada entre às 8h e 9h: 71,6 km/h. Entre 13h e 14h, a maior velocidade foi de 67 Km/h.
Apesar da ventania não houve maiores transtornos na região. Durante a manhã, a CEEE Grupo Equatorial Energia informou que aproximadamente 1.500 clientes estavam sem luz no Litoral Norte.
Como o ciclone se formou mais ao sul, na costa do Uruguai, o impacto foi menor e mais tarde nas cidades mais próximas à divisa com a Santa Catarina. Em Torres, as rajadas mais intensas ficaram em torno 52 km/h, entre às 13h às 15h.
O alerta laranja de perigo, do Inmet, em relação aos ventos costeiros no RS e SC se encerra às 18h deste sábado. O ciclone está se afastando do continente. O instituto, no entanto, mantém um aviso amarelo, de perigo potencial, vigente até o fim da noite.
Ciclone deixa mar agitado
O sistema no oceano provocou agitação marítima e ressaca do mar. No fim da manhã, ondas atingiam boa parte da faixa de areia na orla de Tramandaí e Imbé. O vento também provou agitação nas águas do Rio Tramandaí, principalmento junto à barra, no encontro com o mar.