Vigilância em Saúde do RS monitora três casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida

Pelo menos oito estados brasileiros têm casos prováveis da doença, Ministério da Saúde instalou Sala de Situação

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Ministério da Saúde instalou Sala de Situação para monitorar casos de hepatite infantil de origem desconhecida. Foto: Ministério da Saúde

A Secretaria da Saúde (SES) informou, na manhã desta segunda-feira (16), que monitora três casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida. Neste primeiro momento ainda não serão divulgadas informações de idade, município de residência e demais detalhes dos estados clínicos dos casos até que as investigações avancem.

Pela definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) um caso é considerado como provável quando a pessoa apresenta hepatite aguda e que tenha sido descartada todos os vírus conhecidos causadores da doença (A, B, C, D ou E). Nesses casos, outros exames são feitos para determinar se a causa pode ser outra, como adenovírus, covid-19 ou arboviroses (dengue, zika e chikungunya).

A hepatite aguda apresenta diferentes sintomas: gastrointestinais, como diarreia ou vômito, febre e dores musculares, mas o mais característico é a icterícia – uma coloração amarelada da pele e dos olhos.

O Ministério da Saúde já havia divulgado alerta sobre casos que se enquadram como prováveis em pelo menos outros oito estados (Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo). Em todo o país, foram notificados 47 casos, com três descartados e outros 44 permanecem em investigação.

Na última sexta-feira (13), o Ministério instalou Sala de Situação para monitorar e acompanhar os casos de hepatite aguda de causa a esclarecer. A iniciativa tem como objetivo apoiar a investigação de casos da doença notificados em todo Brasil, bem como o levantamento de evidências para identificar possíveis causas.

Ainda em abril, a SES já havia emitido um comunicado com orientações às vigilâncias epidemiológicas das Hepatites Virais dos municípios e regionais do Estado. A hepatite de origem desconhecida está acometendo crianças em, ao menos, 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos foi necessário realizar o transplante de fígado. Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a covid-19.

Sintomas e tratamento

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas).

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada.

Os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou vômito, e aos sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.

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