VÍDEO: descubra o que são os “raios vermelhos” registrados no céu de Torres

Fenômeno foi captado pelo fotógrafo Gabriel Zaparolli

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Raios vermelhos iluminaram céus da cidade do Litoral Norte. Foto: Gabriel Zaparolli

Dias após registrar uma combinação de tempestade formando-se em alto-mar com um show de luzes nas águas do oceano — fenômeno denominado bioluminescência, as lentes do fotógrafo Gabriel Zaparolli captaram mais um evento raro e difícil: um conjunto de luzes em elevada altitude, chamado de sprites vermelhos sobre o mar da cidade de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na noite desse sábado (23).

O registro, segundo Zaparolli, foi feito por acaso. À reportagem do Litoral na Rede, o “caçador de tempestades” contou que sua intenção era subir o Morro das Furnas e fotografar o cometa Nishmura, que estaria visível durante a noite. Ao chegar lá, porém, não conseguiu observá-lo, mas foi presentado com outro evento igualmente natural e lindo.

“Aí decidi fotografar uma linha de tempestades que estava aproximadamente 230 quilômetros da costa. Conforme a linha avançava, ela ganhava mais força. E com ela formavam os mega-raios que disparavam grandes grupos de sprites vermelhos logo acima”, explica o fotógrafo. “Acredito que esse sejam os sprites mais bem documentados do Brasil todo”, orgulha-se.

Habituado a caçar e registrar em fotos e vídeos fenômenos da natureza há quase 10 anos, Zaparolli explica que a ocorrência desses sprites é bem específica e está relacionada a uma forte tempestade. “Também é preciso estar a uma distância entre 200 e 700 quilômetros e sem nuvens para não atrapalhar a partir do ponto de observação”, detalha.

Veja o registro:

O que são os sprites

De acordo com a Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), rede brasileira composta por astrônomos amadores e profissionais que monitoram meteoros, os sprites são eventos luminosos transitórios de origem elétrica que ocorrem acima das nuvens de tempestade. Eles são gerados por intensas descargas elétricas que partem dos topos das nuvens e se estendem até o limite superior da mesosfera (em torno de 95 quilômetros de altitude).

“Em certa altura, essa descarga gera um flash de plasma que, por alguns milissegundos, se torna iluminado assumindo formatos variados. Alguns podem parecer colunas de luz, alguns se assemelham a pés de cenouras e outros, podem apresentar formato semelhante a fadas”, detalha a Bramon.

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