VÍDEO: câmeras registram chuva de meteoros nos céus do Rio Grande do Sul

Cerca de 20 câmeras do Observatório Heller & Jung flagraram 560 meteoros nesta madrugada

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Sobreposição de meteoros nos céus de Taquara. Foto: Observatório Heller & Jung

Na madrugada deste domingo (22), os céus do Rio Grande do Sul foram iluminados por um espetáculo celestial de tirar o fôlego: a chuva de meteoros Orionids, que são fragmentos do cometa Halley, considerado um dos mais famosos do mundo. O fenômeno astronômico atingiu seu pico nas primeiras horas do dia e pôde ser registrado em diversos pontos do Estado.

O Observatório Heller & Jung, conhecido por suas pesquisas e observações astronômicas, registrou o fenômeno em detalhes impressionantes. Cerca de 20 câmeras do observatório flagraram 560 meteoros nos céus de Taquara, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Em contato com o portal Litoral na Rede nesta tarde, o pesquisador Carlos Fernando Jung, diretor do serviço, explicou que o bom tempo que manteve o céu sem nuvens contribuiu para um bom resultado.

“Na imagem [acima], há uma sobreposição de 28 meteoros registrados pela câmera 04, posicionada ao Sul. No vídeo [assista abaixo], o registro de quatro meteoros registrados pela câmera 19, que são fragmentos do cometa Halley que foram mais brilhantes”, detalha o professor. “Estes meteoros têm por característica serem mais brilhantes e rápidos. São fragmentos menores remanescentes da passagem do cometa Halley”, completa.

Considerada um dos mais intensos do ano — com potencial de produzir até 25 meteoros por hora, o fenômeno está ativo desde o início do mês e deverá permanecer visível assim até a segunda semana no mês que vem, mas com menor intensidade do que a que se viu neste fim de semana.

Segundo Jung, a chuva de meteoros registrada neste domingo aconteceu quando a Terra passou pela órbita do cometa Halley, fazendo com que as partículas de poeira e detritos deixados para trás pelo cometa entrassem na atmosfera terrestre com alta velocidade.

“Isso resulta na queima dessas partículas de poeira, criando riscos luminosos no céu noturno, que são conhecidos como meteoros. A Orionids recebe esse nome porque parece que os meteoros se originam na constelação de Orion (o Caçador)”, explicou à reportagem.

Assista o vídeo:

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