Varíola dos macacos: número de casos confirmados no RS mais que dobra em apenas uma semana

Litoral Norte tem pelo menos um caso suspeito da doença; veja cidades com casos confirmados

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Secretaria Estadual da Saúde já emitiu um alerta. Foto: Freepik.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou, nesta segunda-feira (11), um total de 44 casos de varíola dos macacos no Rio Grande do Sul. O número representa mais do que o dobro do registrado há apenas uma semana. Na última segunda, dia 08 de agosto, eram 21 os casos confirmados da doença. Nenhum deles está relacionado aos municípios do Litoral Norte gaúcho.

O relatório mais recente do Cevs, publicado na tarde desta segunda, informa que os casos estão distribuídos em 14 municípios, além de uma pessoa que mora fora do estado. A cidade com maior número de casos confirmados da doença é Porto Alegre, onde 15 pacientes já tiveram diagnóstico positivo.

Na sequência vêm Caxias do Sul e Viamão, com quatro confirmações. Canoas, Garibaldi, Igrejinha e Novo Hamburgo possuem três casos confirmados cada. Uruguaiana tem dois casos já confirmados. As cidades com um caso confirmado cada são Campo Bom, Esteio, Monte Belo do Sul, Passo Fundo, Santo Ângelo e São Marcos.

Além disso, há outras 170 possíveis infecções em investigação. Pelo menos um deles tem relação com o Litoral Norte. Trata-se de um paciente de 12 anos, do sexo masculino, residente em Capão da Canoa e com histórico de viagens para Porto Alegre.

A Secretaria de Saúde da cidade de Capão da Canoa foi notificada sobre o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos na semana passada. De acordo com a pasta, os exames foram enviados para o laboratório do Estado na última sexta-feira (11). O prazo para a divulgação do resultado não foi divulgado.

Estado emitiu alerta

Na semana passada, o centro publicou um alerta epidemiológico sobre a situação da monkeypox no Rio Grande do Sul. O documento reforça as medidas de vigilância epidemiológica a serem adotadas pelos serviços de saúde, tanto da rede pública quanto da rede privada, incluindo laboratórios e Vigilâncias Epidemiológicas municipais.

Entre as ações apontadas pela publicação, estão a comunicação imediata dos casos suspeitos por parte dos profissionais de saúde às respectivas secretarias municipais de Saúde e à Secretaria Estadual da Saúde (SES); a coleta de amostras para confirmação diagnóstica em laboratório; rastreamento e monitoramento dos contatos do caso suspeito; e isolar o paciente.

Entre as ações apontadas, está a comunicação imediata pelos profissionais de saúde de casos suspeitos às secretarias municipais de saúde e à SES, coleta de amostras para confirmação diagnóstica em laboratório, rastreamento e monitoramento dos contatos do caso suspeito e isolamento do paciente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 23 de julho a varíola dos macacos emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

Sobre a doença

A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, este contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

De acordo com a secretaria, os primeiros sintomas associados à doença são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De 1 a 3 dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

O Instituto Butantan informou que essas lesões na pele evoluem em cinco estágios: mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final, quando as feridas caem. A transmissão do vírus ocorre, principalmente, quando há contato com essas lesões.

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