UPA de Capão pode virar Posto 24h por falta de dinheiro

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Foto: Daniela Calleya Barcellos / Simers

Usar o prédio construído para ser uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Capão da Canoa como nova sede do Pronto Atendimento 24 horas é uma das alternativas estudadas pela Prefeitura. O secretário municipal da Saúde, Josiel de Matos, disse ao Litoral na Rede que, neste momento, não há recursos para bancar o funcionamento de uma UPA, mas que a estrutura física precisa ser aproveitada.

A ideia estudada pela Secretaria da Saúde de Capão da Canoa é transferir o Pronto Atendimento para o novo prédio, tendo em vista que o local atual está com problemas estruturais e precisa de reformas. Onde funciona o posto atualmente, após melhorias, seria implantada uma central de consultas com médicos especialistas. O secretário alerta, no entanto, que a construção da UPA não está totalmente concluída. “Ainda falta a instalação da rede elétrica e da tubulação de oxigênio”explicou.

Na última sexta-feira,o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) realizou vistorias nos serviços de saúde de Capão da Canoa e apontou o não funcionamento da UPA com um exemplo de descaso com a saúde no município. “É uma estrutura maravilhosa que está ociosa por falta de verba, segundo a prefeitura. Isso intriga, pois quando há o repasse para construção, é enviada também a verba destinada à manutenção”, questionou a diretora do Simers Gisele Lobato, adiantando que vai se reunir com o prefeito Amauri Magnus Germano para esclarecer a situação.

Equipamentos comprados para a UPA podem ser perdidos

A demora na abertura na UPA de Capão da Canoa também provoca desperdício de dinheiro público. O secretário da Saúde, Josiel de Matos, alerta que pelo menos um equipamento que custou R$ 52 mil ao município não será utilizado.  O negatoscópio, um visualizador de exames de raio x, está defasado, tendo em vista que os novos aparelhos são todos digitais e dispensam este tipo de recurso.  “Há outros aparelhos, como raio x e ecógrafo que estão encaixotados e não sabemos se estão funcionando”,  esclareceu Matos.

Segundo o secretário, a maior dificuldade de implantar uma UPA, como foi projetada e é estabelecido pelo Ministério da Saúde é o custo de manutenção. “Hoje a folha de pagamento da saúde custa R$ 25 milhões por ano ao município, o que representa 68% do orçamento de toda a área”, afirmou.

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