José Dalvani Rodrigues, conhecido como “Minhoca” está preso desde o ano 2000, mas comandava um grupo responsável por mais de 100 homicídios cruéis. Em março, ele foi transferido para o presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Na manhã desta sexta-feira (24), a Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD), do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE), desencadeou a Operação Ruína no combate aos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, ligados ao traficante.
Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Xangri-lá, Porto Alegre, Viamão e Gravataí. Quatro pessoas foram presas preventivamente e uma em flagrante. De acordo com o delegado Filipe Bringhenti, foram indisponibilizados 6,3 milhões de reais em bens, entre o bloqueio de contas bancárias e imóveis e o sequestro de veículos.
O grupo criminoso comandado pelo “Minhoca” é precursor de inúmeros crimes violentos em Porto Alegre nos últimos anos, que envolvem esquartejamentos, carbonizações e decapitações humanas, segundo a Polícia. As investigações apontam que ele ordenava que os crimes fossem realizados de maneira pública para intimidar as facções rivais.
O Diretor do GIE, delegado Cristiano Reschke, destacou que, para o sucesso da operação, foi fundamental a atuação comprometida e efetiva do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria Especializada no Combate à Lavagem de Dinheiro e às Organizações Criminosas. “O trabalho em parceria trouxe e está surtindo efeitos importantes para a repressão ao crime organizado”, salientou o delegado.