No segundo dia de buscas ao jovem que está desaparecido após a queda da ponte pênsil, em Torres, as equipes de resgate ampliaram a área de atuação na tentativa de localizar Brian dos Santos Grandi, de 20 anos. Os trabalhos nesta terça-feira (21) acontecem também na direção do mar.
Brian não faz contato com a família desde a madrugada de segunda-feira (20). Os bombeiros acreditam que ele possa ser uma das pessoas que estavam na ponte no momento em que os cabos da estrutura se romperam, por volta das 2h30, jogando dezenas de pessoas nas águas do Rio Mampituba, entre o município gaúcho e a cidade catarinense de Passo de Torres. O jovem é natural de Caxias do Sul e mora há três meses em Torres. A bicicleta dele foi localizada junto à cabeceira da ponte, mas nenhum outro pertence foi encontrado.
As ações de busca foram parcialmente mantidas durante a madrugada e intensificadas nas primeiras horas da manhã desta terça. Foi realizada uma varredura no leito do Rio Mampituba, inclusive com apoio de mergulhadores, mas nada foi encontrado.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) revelou que, durante a madrugada, um grupo de pessoas acionou as equipes de busca alegando ter avistado um corpo próximo à margem do rio. No local, porém, os bombeiros confirmaram tratar-se de um pedaço de madeira.
O número de pessoas que caíram na água ainda não foi confirmado. Estima-se, contudo, que seja algo próximo a 100. Destas, 18 foram atendidas no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes e no Pronto Atendimento de Torres. Elas não sofreram ferimentos graves e foram liberadas. Brian é, no momento, o único desaparecido reportado para as equipes de resgate.
A chuva que caiu durante a noite de segunda e a madrugada da terça dificultou – mas não impediu – os trabalhos. Policiais militares do Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) e do Corpo de Bombeiros Militar dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina participam dos trabalhos, juntamente com o Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BAvBM), com apoio de um helicóptero que faz sobrevoos no local.
Botes, barcos, jet-skis e mergulhadores também estão empregados nos trabalhos. A correnteza que empurra as águas fluviais em direção ao mar é um fator que dificulta as buscas.