O Rio Grande do Sul teve a primeira morte causada pelo novo coronavírus na noite dessa segunda-feira (24). O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr, confirmou o falecimento de uma idosa de 91 anos na UTI do Hospital Moinhos de Vento, na Capital.
“Lamentamos muito, esperamos que nossas medidas possam evitar que isso seja uma constante em nossa cidade. Mas precisamos de todos. Isso não é uma questão jurídica, ideológica. É uma questão fática e de saúde”, escreveu Marchezan no Twiiter. Pouco antes ele havia informado que, na Capital, havia nove pessoas com teste positivo para Covid-19 e outros 26 pacientes com suspeita da doença internados em UTIs.
Porto Alegre contabiliza 81 casos de infecção por coronavírus. O último boletim da Secretaria Estadual da Saúde, que não contabiliza todos os números da Capital, apontava para 112 pacientes contaminados pelo vírus no Rio Grande do Sul, 11 deles no Litoral Norte.
Pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro
Na noite passada, após pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, em cadeia nacional de rádio e televisão, prefeitos e secretários municipais da região se manifestaram pela manutenção das medidas de isolamento para conter a propagação do vírus.
O prefeito de Imbé, Pierre Emerim, escreveu no Facebook: “vamos manter o foco e a lucidez na prevenção contra o coronavírus, não mudaremos em nada o nosso plano, #FIQUEEMCASA.”
O secretário da Saúde de Osório, Emerson Magni, foi outro que se manifestou. “Continuaremos a seguir as recomendações e orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e também do Ministério da Saúde. Informo que continuamos com nossas medidas de controle do novo coronavírus, sempre pensando no melhor para a nossa população”, escreveu.
Bolsonaro criticou medidas de isolamento adotados em várias cidades e estados brasileiros. “O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Por que fechar escolas?”, disse o presidente da República.
