O Rio Grande do Sul registrou 3.244 óbitos por afogamento entre os anos de 2007 e 2016. A taxa de mortes por habitantes, no entanto, apresentou redução, conforme estudo apresentado por bombeiros guarda-vidas do Litoral Norte do Estado, no Campeonato Nacional de Salvamento Aquático realizado durante o XVIII Seminário Nacional de Bombeiros realizado em Foz do Iguaçú, no Paraná.
Baseados em dados do Ministério da Saúde, os integrantes do 9º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) concluíram que no período de 2007 a 2011, a taxa foi de 3,2 mortes por afogamento para cada 100 mil habitantes, caindo para 2,7 mortes para cada 100 mil habitantes de 2012 a 2016.
O estudo salienta que, apesar da redução, as taxas de países desenvolvidos são inferiores a dois óbitos por afogamento para cada 100 mil habitantes. No Rio Grande do Sul a maioria dos casos ocorre em águas internas em locais onde não há proteção de guarda-vidas.
O trabalho foi desenvolvido pelo Aluno Sargento Jeferson França, de Torres, com auxilio de outros militares da Corporação e ajudou no desempenho da equipe gaúcha no Campeonato Brasileiro de Salvamento Aquático.
Campeonato Brasileiro de Salvamento Aquático 2018 tem recorde de participantes
Mais de 410 bombeiros guarda-vidas participaram da 18ª edição do Campeonato Brasileiro de Salvamento Aquático realizado no dia 22 e 23 de novembro em Foz do Iguaçu. O evento é promovido pelo Corpo de Bombeiros do Paraná e contou com provas em piscina e no Lago de Itaipu.
O sargento Marcelo França, bombeiro militar de Torres, salientou que 16 estados brasileiros enviaram atletas ao Paraná, além de delegações da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Marinha do Brasil.
“É uma competição a nível nacional e o principal objetivo é reunir todos os bombeiros, guarda-vidas, civis ou militares, e atletas de forças armadas, para divulgar o salvamento aquático e intensificar a prevenção, para que possamos reduzir o número de afogamentos no Brasil”, detalhou.
A equipe do Corpo de Bombeiros do Paraná conquistou o tetracampeonato, à frente do Rio de Janeiro. Já o Rio Grande do Sul se manteve na 7ª posição. “Competições como essa fazem com que todos os bombeiros adotem uma padronização, por meio de técnicas, ações e uso de equipamentos, e isso só fortalece a prevenção a nível nacional”, afirma o sargento Marcelo França.