RS deve adotar distanciamento social controlado a partir de maio

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Foto: Leandro Osório / Palácio Piratini / Arquivo

O governo do Rio Grande do Sul pretende adotar, a partir de 1º de maio, uma nova política de enfrentamento à Covid-19, chamada de distanciamento social controlado.  As regras desse novo modelo estão sendo debatidas pelo Gabinete de Crise e dependem da consolidação de dados de ocupação de leitos – nem todos os hospitais informaram os dados ao governo ainda –, pois esse é um dos dados estruturantes da nova política.

“Até aqui, tivemos de adotar restrições mais rigorosas e uniformes por não termos domínio dos dados, e em tempo real, de ocupação de leitos e pesquisas epidemiológicas populacionais. Com essas informações e os resultados dos exames laboratoriais, poderemos adotar um sistema de distanciamento social controlado. Ele será baseado em diferentes níveis de restrição aplicados na proporção do que se observar nas curvas do coronavírus de cada município ou região e deverá seguir o protocolo pré-estabelecido proporcionalmente à sua realidade”, adiantou o governador Eduardo Leite.

Dessa forma, se uma determinada localidade apresentar uma disparada nos índices de infecção e atingir a capacidade de atendimento hospitalar, terá o nível de restrição ampliado. Por outro lado, se a curva for reduzida, as medidas de distanciamento também serão relaxadas.

Conforme o governo gaúcho, a nova política poderá ser adotada porque o Estado vem conseguindo achatar a curva do novo coronavírus. O Rio Grande do Sul tem algumas das menores taxas de infecção de pessoas do país (7,8 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 17,4) e também de óbitos: 3% dos casos confirmados (o RS esta entre os sete estados com letalidade mais baixa da doença).

Além da definição dessa nova política, o governo trabalha na construção de protocolos a serem seguidos pela população e pelas empresas em cada nível, com regras do que deve ficar fechado e o que pode abrir, por exemplo, e se puder operar, sob quais condições.

“Isso garantirá uma equalização e melhor conciliação entre a proteção à saúde e a atividade econômica, pois manteremos restrições na proporção desejada em cada um dos momentos que estivermos vivenciado”, acrescentou Leite.

Os níveis também servirão de parâmetro para que o governo possa direcionar melhor os investimentos próprios, os repasses federais e as doações. “Como estaremos monitorando os dados e as tendências, poderemos deslocar esforços, como investimentos, equipamentos e recursos humanos, para locais onde a Covid-19 estiver apresentando crescimento e promover as alterações no comportamento das pessoas para controlar a disseminação do vírus”, esclareceu o governador.

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