
O governo do Rio Grande do Sul anunciou a criação de comitê envolvendo as secretarias da Saúde, da Segurança e da Agricultura, para acompanhar, de forma intensiva, eventuais futuros casos suspeitos de bebidas contaminadas por metanol. Até o momento, o Estado não notificou nenhum caso de intoxicação.
A intenção, conforme o governo gaúcho, é que seja possível deflagrar ações rápidas em caso de necessidade. Esse grupo reunirá órgãos como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a Polícia Civil (PC), a Brigada Militar (BM) e o Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O Cevs vai emitir uma nota orientativa na próxima segunda-feira (6) para a rede assistencial, especialmente para as portas de entrada. Essa nota será fundamental para orientar a atuação da rede sobre o tema.
Pela área da Segurança Pública, o secretário Sandro Caron já solicitou às forças policiais do Estado que estejam atentas às possíveis adulterações nas bebidas alcoólicas comercializadas no Rio Grande do Sul.
“Ainda que não haja nenhum caso suspeito no Rio Grande do Sul, nosso governo está atento e já tomando medidas preventivas. Queremos dar tranquilidade à população e, ao mesmo tempo, ao setor de bares e restaurantes, que é fundamental para a economia e para a vida social dos gaúchos”, afirmou o governador Eduardo Leite.
O Cevs vai emitir uma nota orientativa na próxima segunda-feira (6) para a rede assistencial, especialmente para as portas de entrada. Essa nota será fundamental para orientar a atuação da rede sobre o tema. “Nosso foco é prevenir, proteger e assistir a população. Estamos nos preparando não apenas para orientar, mas também para atender eventuais casos de pessoas com sintomas de intoxicação, caso venham a ocorrer,” frisou a titular da Secretaria da Saúde, Arita Bergmann.
Pela área da Segurança Pública, o secretário Sandro Caron já solicitou às forças policiais do Estado que estejam atentas às possíveis adulterações nas bebidas alcoólicas comercializadas no Rio Grande do Sul. “Estamos monitorando a situação com a BM, a PC e o IGP. A adulteração compromete a economia e a saúde da população, sendo um ato criminoso que exige uma resposta dura e firme dos órgãos policiais”, destacou.
Casos no Brasil
O Ministério da Saúde confirmou, até a manhã deste sábado (4), a notificação de 127 casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas no Brasil. Desse total, 11 casos têm confirmação laboratorial e 116 seguem em investigação.
Das 127 notificações, 104 são em São Paulo (11 confirmados e 93 em investigação), 7 casos em investigação em Pernambuco, 4 em investigação no Mato Grosso do Sul, 2 sendo investigados na Bahia, em Goiás e no Paraná, um no Distrito Federal, Roraima, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Piauí.
Dentre os registros, 12 são de óbitos, sendo um confirmado no estado de São Paulo e 11 em investigação (8 em SP, 1 em PE, 1 na BA e 1 no MS).
Antídotos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, neste sábado, a aquisição de mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol para fortalecer o estoque estratégico do SUS para os casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. A previsão é que os antídotos estejam disponíveis até o final da próxima semana.
As novas ampolas de etanol vão se somar às 4,3 mil unidades entregues aos estoques dos SUS pelos hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A distribuição dos insumos começou neste sábado, contemplando a Bahia, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Os dois antídotos – etanol e fomepizol – podem ser utilizados na suspeita de intoxicação e o profissional de saúde não precisa aguardar a confirmação laboratorial. O Ministério da Saúde reforça que a administração deve ser feita exclusivamente sob prescrição e monitoramento médico em um ambiente de saúde.










