RS confirma primeiro caso de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica

Paciente de Porto Alegre relatou ter ingerido destilado em São Paulo; Secretaria da Saúde emite alerta aos serviços médicos

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Imagem meramente ilustrativa. Foto: Kasjan Farbisz por Pixabay

A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul (SES) confirmou nesta quarta-feira (8) o primeiro caso de intoxicação por metanol no Estado após o consumo de bebida alcoólica. O paciente é um homem de 42 anos, morador de Porto Alegre, que relatou ter ingerido o destilado em São Paulo (SP), no dia 26 de setembro. Ele apresentou sintomas de intoxicação, foi atendido no Hospital São Lucas da PUCRS e já recebeu alta médica.

Conforme a SES, o homem apresentou febre, dor abdominal e dor de cabeça entre 12 e 24 horas após o consumo de caipirinhas de vodca. Posteriormente, relatou visão turva e dificuldade na percepção de cores. Após retornar à capital gaúcha, procurou atendimento médico e teve a intoxicação confirmada por análise laboratorial realizada por um laboratório privado.

Nota Informativa orienta profissionais de saúde

Diante da confirmação, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) publicou uma Nota Informativa com orientações aos serviços de saúde sobre o fluxo de atendimento e notificação de casos suspeitos de intoxicação por metanol.

A SES reforça que a notificação imediata é essencial para adoção de medidas de controle e prevenção. O Centro de Informação Toxicológica (CIT) do Estado atende pelo telefone 0800-721-3000, disponível 24 horas por dia, e pode auxiliar os profissionais de saúde na identificação e manejo clínico dos casos.

Sintomas e definição de caso suspeito

São considerados casos suspeitos pacientes que tenham ingerido bebidas alcoólicas e apresentem, entre seis e 72 horas após o consumo, sintomas como:

  • embriaguez acompanhada de desconforto gástrico;

  • manifestações visuais (visão turva, borrada ou pontos cegos).

Os quadros mais graves podem evoluir para rebaixamento de consciência, convulsões, coma e até cegueira permanente.

Comitê estadual de monitoramento

O governo do Estado criou recentemente um Comitê Intersecretarial para acompanhar os casos e coordenar ações de fiscalização. O grupo reúne as secretarias da Saúde (SES), da Segurança Pública (SSP) e da Agricultura (Seapi) com o objetivo de garantir resposta rápida e integrada a possíveis ocorrências.

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