A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão ao Roubo de Veículos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DRV/Deic), deflagrou nesta terça-feira (02), a segunda fase da Operação Barão, em oito municípios do Estado. Em Capão da Canoa, um homem alvo da ação policial foi preso em flagrante pelo crime de posse irregular de arma de fogo. Com ele, os policiais apreenderam uma pistola calibre 380.
Segundo a Polícia Civil, essa fase da operação tem como o objetivo de obter provas contra uma organização criminosa especializada em diversas fraudes, como simulação de roubos, furtos e acidentes de veículos, para obtenção de vantagens financeiras. Além de Capão da Canoa, foram realizadas ações em Canoas, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, Capão da Canoa, Eldorado do Sul e Porto Alegre. Ao todo, policiais civis prenderam quatro pessoas. Três deles tiveram a prisão temporária decretada pela justiça. Foram apreendidos documentos e demais elementos de prova.
Segundo os delegados Marco Guns e Rafael Liedtke, a segunda fase da Operação ampliou a investigação produzida na primeira etapa, que demonstrou a existência de um sofisticado mecanismo de obtenção de dinheiro perpetrado por uma organização criminosa. “Os indivíduos simulavam roubos, furtos e acidentes de veículos, objetivando ludibriar autoridades públicas, através de falsos registros de ocorrências, bem como entidades privadas, com a finalidade de receber ilícito retorno financeiro baseado justamente nessas diversas espécies de fraudes”, explicaram os delegados.
Em um dos locais alvo da operação, os policiais encontraram câmeras de segurança instaladas em árvores. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos presos nesta etapa tem como finalidade robustecer as provas já encaminhadas ao Poder Judiciário, quanto ao modo de atuação da organização criminosa, fundamentalmente acerca do papel tangencial realizado por no mínimo trinta pessoas ao longo dos últimos anos na condição de laranjas.
Essas pessoas passaram a ser suspeitas de receberem vantagens financeiras em troca de utilização de seus nomes para falsificação tanto de documentos públicos quanto privados.