Prostituição e doença mental podem ter motivado assassinato em Tramandaí

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A Polícia Civil prendeu, no início da noite dessa quarta-feira, o principal suspeito de matar a facadas, um morador de rua, identificado como César Fernando Pereira, de 35 anos. O crime ocorreu na última segunda-feira, na avenida Fernando Amaral, no Centro de Tramandaí. Paulo Gaieski, de 37 anos, foi condenado a cumprir pena de dois anos, por medida de segurança, no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), mas estava foragido.
O IPF é o local em Porto Alegre onde são internadas pessoas que têm problemas mentais e cometem crimes. No caso de Gaieski, as condenações são por furtos. Segundo Paulo Perez, titular da Delegacia de Tramandaí, testemunhas do crime apontaram o foragido como autor do assassinato. ” Ambos eram andarilhos e ele teria tido um relacionamento com a vítima em troca de um determinado valor, mas acabaram se desentendendo na hora do pagamento” informou o delegado com base nos depoimentos.

Matéria de jornal ajuda na prisão

Em outubro deste ano, o suspeito do homicídio em Tramandaí foi destaque de uma reportagem do jornal Zero Hora, apresentado como um morador de rua que vendia livros encontrados no lixo para sobreviver. Ele mentiu o nome à repórter, mas a divulgação da matéria acabou revelando que o entrevistado era, na verdade, um foragido da justiça. Ao receber esta informação, o jornal publicou outra reportagem no dia 16 de outubro de 2016. A suspeita é que, depois disso, ele tenha fugido para o Litoral na tentativa de não ser preso.
O curioso é que a foto de Paulo Gaieski publicada em outubro ajudou a Polícia Civil a prendê-lo. Era a imagem mais recente do morador de rua encontrada pelos investigadores e foi mostrada a várias policiais. O delegado João Henrique Gomes, plantonista  da Delegacia de Pronto Atendimento de Tramandaí, viu a foto e se deparou com o suspeito andando pela Estrada do Mar, em Capão da Canoa. Ele chamou reforço e o andarilho acabou preso.
O delegado Paulo Perez informou ao Litoral na Rede que vai solicitar à justiça que decrete a prisão do acusado pelo assassinato.  Ele explicou, no entanto, que o homem já deve ficar preso pelo fato de estar foragido desde 2009.
Foto: Vinícius Batista / Litoral na Rede

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