Professores estaduais e petroleiros realizaram um protesto conjunto na manhã desta quinta-feira (28) na Ponte Giuseppe Garibaldi, limite de Imbé e Tramandaí. Eles se concentraram do lado de Imbé por volta das 10h30. Durante o protesto uma das pistas no sentido Tramandaí teve o trânsito bloqueado.
As duas categorias estão em greve. A mobilização dos professores é contra pacote do governo do Estado que prevê alterações na carreira da categoria. Já os petroleiros são contra a privatização das unidades da Petrobras no Rio Grande do Sul: Refinaria Alberto Pasqualini e Terminal de Canoas e o Terminal de Osório.
Greve dos professores
Segundo o Núcleo regional do Cpers Sindicato, das 103 escolas do Litoral Norte, 35 estão totalmente paralisadas. A estimativa do sindicato é de uma adesão à paralisação de 80% dos professores e funcionários de escolas no 23 municípios da região.
“A greve é pela regularização do pagamento dos salários, por reajuste imediato e contra o pacote de reforma administrativa enviado pelo governo à Assembleia no dia 13 de novembro”, ressaltou Marli Helena Picon, representante do Cpers.
Uma nova manifestação dos professores de Tramandaí e Imbé está prevista para às 19h30 desta quinta-feira.
Mobilização dos petroleiros
De acordo com o Sindpetro-RS, a privatização da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e do Terminal Niterói, localizadas em Canoas, além do Terminal de Osório, ocasionaria o fim dos royalties já que o estado não conta com nenhum campo de extração e produção de petróleo. Somente no último mês de outubro, a cidade de Imbé, por exemplo, recebeu mais de R$ 1,5 milhões de royalties do petróleo.
O prefeito Pierre Emerim apoiou a manifestação. Ele preside a Associação Brasileira dos Municípios com Terminais Marítimos e Fluviais para Embarque e Desembarque de Petróleo e Gás Natural (Abramt) e defende que o royalty é a participação especial das cidades que enfrentam os riscos ambientais e se moldaram para atender às necessidades de exploração.