Uma das estratégias da nova administração de Tramandaí para superar a crise financeira e a queda de arrecadação que, em 2016, foi de quase R$ 33 milhões, é fechar o cerco contra os contribuintes que não pagam os impostos à Prefeitura. Segundo o prefeito eleito Luiz Carlos Gauto (PP), o município tem uma dívida ativa (valores até 2014) de quase R$ 15 milhões referentes ao IPTU e outras taxas municipais que deixaram de ser arrecadados.
Mas o potencial de recuperação de recursos é maior, chega a aproximadamente R$ 25 milhões de Reais, de acordo com o futuro secretário municipal da Fazenda, Marcelo Monte dos Anjos. “Em 2015 e 2016 a inadimplência soma R$ 10 milhões, em média R$ 5 milhões por ano”, explicou. Anjos esclareceu que a intenção é criar balcões de negociação e estimular o pagamento das dívidas, mas que também serão reforçadas as ações judiciais contra os devedores de impostos. Segundo ele, a ideia é manter uma equipe jurídica atuante dentro da Secretaria da Fazenda.
“Não conseguiremos tapar todos os buracos”
O prefeito eleito de Tramandaí, Luiz Carlos Gauto, disse que a equipe, anunciada nesta semana, está preparada para enfrentar tempos difíceis e de poucos recursos, que ele chamou de período de “economia de guerra”. Serão estudados cortes de cargos de confiança, de horas extras e revistos contratos e terceirizações da atual gestão. Também está prevista uma reforma administrativa. “Faremos inclusive pequenos cortes, porque é necessário manter os salários dos servidores em dia”, afirmou.
Tanto o futuro prefeito quanto o seu vice pedem a compreensão da população do município devido à falta de dinheiro nos cofres públicos. “Não iremos fazer tudo a partir do dia 1º (de janeiro), não iremos conseguir, por exemplo, tapar imediatamente todos os buracos das ruas”, disse Gauto. “Iremos provar a capacidade deste governo de fazer as melhorias que nossa cidade precisa e espera”, salientou o vice-prefeito eleito Flávio Corso.
