Prefeitos do Litoral vão cobrar de Sartori repasses para Hospital de Tramandaí

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A crise no Hospital de Tramandaí, com atrasos de salários, é uma ameaça ao sistema público de saúde de boa parte dos municípios do Litoral Norte, especialmente Tramandaí e Imbé. O risco de paralisação dos funcionários no início da temporada de verão deve levar uma comitiva, liderada pelos prefeitos das duas cidades, à Porto Alegre, na próxima semana.

Os prefeitos de Tramandaí, Luiz Carlos Gauto, e de Imbé, Pierre Emerin, pretendem ir à Capital junto com uma comitiva de funcionários do hospital e vereadores para buscar uma solução diretamente com o governador do Estado. A intenção é que consigam uma audiência com José Ivo Sartori.

Na tarde desta quinta-feira (21), os dois prefeitos se reuniram com representantes dos funcionários e da direção do Hospital de Tramandaí, após protesto devido a falta de pagamento dos salários de novembro e do décimo terceiro. Segundo Gauto, no encontro foi confirmada a informação de que sem repasses de valores atrasados a Fundação Hospital Getúlio Vargas, que administra o hospital, não teria nem mesmo recursos para pagar os vencimentos de janeiro.

O prefeito de Tramandaí salientou que a preocupação é ainda maior com a chegada do Verão, quando a população do município passa de 50 mil para até 400 mil pessoas.  Luiz Carlos Gauto salientou que a Prefeitura investe 36% do orçamento em Saúde e o município de Imbé gasta 32% na área. “Estamos colocando dinheiro na saúde”, garantiu o prefeito ao Litoral na Rede.

Gauto salientou ainda que o Hospital de Tramandaí é referência em serviços como UTI neonatal e adulta e traumatologia para a região. “O Governo do Estado tem que dar uma solução porque esta função (de atendimento) de alta complexidade é dele”, afirmou.

Assembleia decide sobre possível paralisação

Foto: Ricardo Corteana / Litoral na Rede

Os funcionários do Hospital de Tramandaí realizam assembleia, às 17h desta sexta-feira (22) e podem decidir sobre uma possível paralisação dos serviços na instituição. Caso seja aprovada a paralisação, pelos menos 30% dos serviços devem ser mantidos.

A assessoria de imprensa da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) informou que a direção segue buscando soluções junto ao Governo do Estado.

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