O prefeito de Caraá, Nei Pereira dos Santos, saiu da agência do Banrisul instantes antes do banco ser atacado por uma quadrilha que fez reféns e obrigou as vítimas a formarem um cordão humano. O ataque ocorreu por volta das 13h30 desta sexta-feira (05).
“Sai um minuto antes (do banco), eu estava a 200 metros do banco na hora que estourou o assalto. Os caras chegaram em dois carros, pegaram um caminhão e fizeram o motorista atravessar na estrada para ninguém passar”, contou o prefeito.
Segundo ele, logo depois, os bandidos renderam os vigilantes da agência, que estava cheia, os seguranças não tiveram como reagir. O prefeito contou que os criminosos se dirigiram direto até a gerente. “Limparam o caixa, limparam o cofre, botaram todo mundo para rua no cordão humano”, relatou.
Os bandidos estavam em dois carros e na fuga levaram os dois vigilantes como reféns e espalharam miguelitos (pregos retorcidos) na estrada entre Caraá e Santo Antônio da Patrulha. As vítimas foram libertadas no caminho e não houve feridos. Eram aproximadamente oito pessoas armadas com fuzis.
Conforme o prefeito, os bandidos eram muito “profissionais”, não atiram para cima e não agrediram nenhuma das vítimas. “Graças a Deus, ninguém tomou um tapa, nem nada. Foi uma sensação horrível para a gente passar isso aí, em um momento que está se vivendo essa insegurança”, lamentou Nei Pereira dos Santos.
A quantia roubada não foi informada. As buscas aos bandidos iniciaram logo depois do assalto e envolvem efetivos da Brigada Militar de vários municípios da região e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
Um dos veículos usados pela quadrilha, uma caminhonete IX35 roubada foi abandonada na localidade em uma estrada de chão entre Santo Antônio da Patrulha e Osório. De acordo com o Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) Litoral, o cerco permanece durante a noite no limite dos dois municípios. Os assaltantes ainda não foram localizados.
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