O município de Imbé já não está em Estado de Calamidade Pública. Apesar de não ter sofrido nenhum dano com as fortes chuvas que atingiram grande parte do Rio Grande do Sul, o prefeito Ique Vedovato fez o anúncio da Calamidade Pública, no fim da tarde dessa quarta-feira (08), ao lado do secretário-adjunto de Segurança Pública e Trânsito, Robson Minussi.
O anúncio ocorreu através de uma live no Facebook. Com críticas da sociedade de diversas partes do país, o vídeo foi apagado da rede social. Nesta quinta-feira (09), a prefeitura informou que o decreto foi revogado. “Por mais que seja o instrumento legal necessário para garantir auxílio assistencial ao município, o Decreto de Calamidade editado não teria efeito para garantir apoio a ajuda humanitária aos atingidos pelo desastre que migraram para a cidade”, diz a prefeitura.
No vídeo excluído das redes sociais da prefeitura, Ique anunciou o decreto de Estado de Calamidade Pública. “Tomamos a decisão de decretar o estado de calamidade no nosso município. Algumas pessoas vão dizer: Mas, Imbé não foi atingido por essa tragédia climática. Sim, não foi atingido de maneira direta e é verdade. Nós, não fomos atingidos de maneira direta, como nas cidades da Região Metropolitana, do Vale do Taquari. Mas, em relação a essa catástrofe, essa ocorrência climática, esse desastre climático que aconteceu nessas regiões, nós acabamos sendo afetados de maneira indireta, com a migração de pessoas da região metropolitana, com a recomendação dos governantes de lá”, diz o prefeito.
Na live, Ique Vedovato, afirma que muitas pessoas das regiões afetadas pelas enchentes estão indo para o município. “Tem muita gente vindo, ainda, dessas regiões para cá. Para ficar em casa de parentes, na casa de amigos, abrigados numa casa emprestada, numa colônia de férias ou numa pousada, como a gente tem identificado”, declarou.
Ao justificar a decisão de decretar o Estado de Calamidade Pública em Imbé, o prefeito diz que a decisão foi tomada, tendo em vista, o incremento de atendimento, também na área da saúde. “Para que a gente possa, com aquilo que prevê a lei, dar um melhor atendimento a essas pessoas”, justificou Ique.
Na live, o prefeito também afirmou que, por enquanto, não há necessidade de abrigo público. “Por enquanto, elas também têm sido atendidas pelos donativos e pela força de trabalho de voluntários, porque a gente entende que essas pessoas vão ficar aqui conosco por um bom tempo”, declarou.
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