A Polícia Civil (PC) prendeu, na manhã desta terça-feira (19), o oitavo envolvido em um assassinato no mês de junho, em frente a um supermercado em Xangri-Lá. O criminoso, que é apontado como um dos mentores da execução, ocupava, segundo a polícia, posição de liderança em uma facção e estava foragido há três anos.
O bandido foi localizado a partir da investigação realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas do Litoral Norte. Para a captura, os policiais civis da região seguiram até Porto Alegre. A ação teve apoio do Batalhão de Operação Especiais (BOPE) da Brigada Militar (BM).
Os policiais prenderam o criminoso e sua esposa em uma residência no bairro Santa Tereza, na Zona Sul da capital. No local foram apreendidas duas pistolas 9 milímetros, carregadores com capacidade para 30 e 45 cartuchos, 130 munições do mesmo calibre, um automóvel BMW, aparelhos celulares, anotações do tráfico e objetos para embasar o inquérito.
O assassinato aconteceu no fim da tarde do dia 8 de junho na Avenida Interbalneários, entre a ERS-407 e a Avenida Central, em frente a um supermercado, em Xangri-Lá. Um jovem de 23 anos foi executado a tiros e outra pessoa que passava no local ficou ferida.
O titular da Draco, delegado Roland Short, salienta que o trabalho policial obteve sucesso não apenas em identificar e prender os executores, mas também em rastrear os integrantes da organização criminosa envolvidos com o crime, inclusive os mandantes.
“O objetivo é desarticular as células criminosas como um todo, imputando as responsabilizações pelos crimes perpetrados por estas, desde os executores, até os autores intelectuais e financiadores, sendo estes os principais alvos, em virtude de manterem as estruturas criminosas”, afirmou o delegado.
Em ações anteriores, a PC cumpriu outros sete mandados de prisão, entre eles de outros dois mentores da execução em Xangri-Lá. Os demais acusados de serem mandantes já estavam presos em penitenciárias de Osório e de Charqueadas.
O preso nesta terça-feira também já tinha sido alvo de outra investigação da Draco que, em 2022, apurou envolvimento de empresários do ramo imobiliário com o tráfico de drogas no Litoral Norte. Na época três pessoas foram presas em Capão da Canoa.