Polícia identifica 158 vítimas de predador sexual do RS

Número de meninas abusadas pode ser ainda maior; vítimas tinham entre 9 e 13 anos quando ocorreram os crimes

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Vítimas são identificadas a partir de arquivos encontradas em equipamento de informática do investigado.

A Polícia Civil identificou 158 vítimas do homem considerado o maior predador sexual do Rio Grande do Sul. Este número, no entanto, pode ser ainda maior. A perícia realizada em equipamento de informática do acusado encontrou 758 pastas com conteúdos pornográficos com diferentes meninas.

Esses crimes ocorreram nos últimos 16 anos. O investigado está preso desde janeiro, quando policiais encontraram a grande quantidade de arquivos de pornografia infanto juvenil armazenados e o prenderam em flagrante na cidade de Taquara, no Vale do Paranhana.

Além disso, o homem, de 36 anos, teve a prisão preventiva decreta por quatro dos casos de estupro de vulnerável investigados.  Segundo a Polícia Civil, as vítimas tinham entre 9 e 13 anos de idades quando ocorreram os abusos, tanto de forma virtual quanto no ambiente real.

“Nós retiramos da sociedade um predador sexual em série. Ele é uma figura muito conhecida na sociedade de Taquara e que, até o início deste ano, ainda não tinha antecedentes. Sem dúvida isso foi um fator que o auxiliou a permanecer desapercebido enquanto praticava os crimes”, disse o titular da Delegacia de Taquara, delegado Valeriano Garcia Neto, ao Correio do Povo.

Aproximação com as vítimas

Conforme a investigação, o acusado que atuava como professor de música e educador social, se aproveitou, em alguns casos de suas atividades para atrair as vítimas. Na maioria deles, no entanto, ele atraia as meninas usando perfis falsos nas redes sociais, como se fosse outra criança.

A partir daí, convencia as garotas a enviarem fotos íntimas e, a partir disso, passava a ameaçar divulgar os conteúdos e as obrigava a enviar mais imagens. De acordo com o delegado, o predador sexual também teve encontros presenciais com algumas dessas vítimas do ambiente virtual.

“Ele acompanhou algumas vítimas e, quando elas atingiam entre 12 e 13 anos, passava a utilizar sua identidade verdadeira e ameaçava divulgar o material ilícito que tinha em seu poder. Ameaçava e exigia um encontro presencial. E realmente, praticava estupros de vulneráveis e registrava a ação criminosa através de vídeo e fotos e armazenava o material”, afirmou Valeriano Garcia Neto.

A investigação identificou vítimas em ao menos cinco estados do Brasil.

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