Polícia faz nova operação contra golpistas que agiram em Capão da Canoa

Agentes realizaram 15 prisões em 40 dias; grupo causou prejuízo de R$ 500 mil às vítimas

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Cinco pessoas foram presas na segunda fase da Operação Maré de Azar. Foto: Polícia Civil

A ofensiva da Polícia Civil de Capão da Canoa contra golpistas que agiram na cidade já soma 15 prisões, seis em em flagrante e 11 preventivas. Nessa sexta-feira (28), a Delegacia do município deflagrou a segunda fase da Operação Maré de Azar, com cinco pessoas presas.

Os bandidos são de outras regiões e fizeram vítimas no Litoral Norte durante o verão. Os policiais também cumpriram, nessa etapa mais recente, 12 ordens de busca e apreensão.

A ação, coordenada pelo delegado Marco Swirski, titular da DP de Capão da Canoa, aconteceu em Passo Fundo, base da quadrilha, e Gravataí, no Rio Grande do Sul, e em São José dos Pinhais, município do Paraná. Os investigados são suspeitos de estelionato e associação criminosa.

O golpe aplicado pela organização criminosa é o do “Bilhete Premiado”. “Foram três golpes investigados, com prejuízos de cerca de R$ 500 mil para as vítimas.  E um golpe foi impedido de ser concretizado pela ação da polícia, que prendeu em flagrante os criminosos”, informou o delegado.  Apenas uma idosa entregou R$160 mil aos bandidos.

Etapas

A Operação Maré de Azar é decorrente da prisão em flagrante de seis estelionatários, dois homens e quatro mulheres, em 17 de fevereiro, em Capão da Canoa. A quadrilha era monitorada pela Polícia Civil, que flagrou o momento em que os criminosos tentavam aplicar o “golpe do bilhete premiado” em mais uma vítima.

A partir de então, os policiais ampliaram a investigação, resultando nas duas fases da Operação Maré de Azar. A primeira aconteceu em 06 de março, com quatro pessoas presas.

Conforme o delegado Marco Swirski, com essa etapa do início do mês, foi possível “chegar ao conhecimento de novos elementos probatórios e na identificação de outros integrantes do grupo criminoso”, resultando na ação dessa sexta-feira.

Swirski salientou que, nas três ações, ocorreu o cumprimento de 18 mandados de busca, com apreensão de quatro veículos e de diversos objetos que teriam sido adquiridos com dinheiro proveniente dos golpes, como telefones celulares, joias e aparelhos eletrônicos.

“Nos mandados de busca em Passo Fundo, se percebeu o alto luxo das residências de alguns dos investigados, casas de alto poder aquisitivo, o que indica que o golpe é altamente lucrativo para esses criminosos”, aponta o delegado.

O golpe

Imagem: reprodução Polícia Civil

O golpe do bilhete premiado ocorre da seguinte forma: a vítima, geralmente uma pessoa idosa, é abordada pelos criminosos que afirmam estarem na posse de um bilhete de loteria premiado.

Os criminosos utilizam de artifícios para fazer com que a vítima acredite que o bilhete é verdadeiro, mas que por algum motivo alegado os supostos ganhadores não conseguem sacar o prêmio.

Assim, a vítima é induzida a adquirir o suposto bilhete, entregando muitas vezes todo patrimônio que possui, sob a falsa perspectiva de se tornar milionária.

Alerta e denúncias

A Polícia Civil reforça os alertas para que a população desconfie de propostas que envolvam prêmios em dinheiro em que é exigido pagamento antecipado. Um dos canais de denúncias da DP de Capão da Canoa é o WhatsApp (51) 98608-0002.

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