Polícia desarticula esquema de furto de máquinas agrícolas liderado por traficantes no Litoral Norte

Investigação apurou que criminosos roubavam tratores e outros equipamentos de propriedades rurais para financiar a compra de drogas e armas

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Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil (PC) desarticulou um esquema de furto de máquinas agrícolas no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A investigação realizada pela equipe da Delegacia de Terra de Areia durou seis meses e apurou que os crimes eram cometidos por traficantes, que vendiam os bens furtados para financiar a comprar de arma e entorpecentes.

Segundo a PC, os furtos ocorreram principalmente nos municípios de Terra de Areia, Três Forquilhas e Itati. Os agentes também encontraram indícios de atuação do grupo criminoso em Osório e Santo Antônio da Patrulha.

Ao longo da investigação, duas pessoas foram presas em flagrante, uma delas por receptação e outra por porte ilegal de arma. Foram cumpridos ainda 11 mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão. Nas ações, a Polícia Civil recuperou um trator roubado em Santo Antônio da Patrulha e um implemento agrícola furtado em Terra de Areia.

O trabalho teve início com a prisão de um investigado por furto de máquinas agrícolas em Terra de Areia. Na ocasião, foram apreendidas três armas de fogo de calibre restrito, farta quantidade de munição, entorpecentes e celulares.

Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil informou que a partir deste flagrante foi possível verificar que o investigado mantinha contato com detentos da Penitenciária Modulada de Osório e que estes faziam encomendas de furtos e roubos de caminhões, máquinas e implementos agrícolas, para os comparsas que estavam em liberdade. Os criminosos utilizavam caminhões guinchos e plataformas para transportar os bens furtados.

A investigação identificou que as máquinas roubadas ou furtadas no Litoral Norte eram levadas para outras regiões para serem vendidas por preços bem abaixo dos de mercado. Entre os destinos estavam Portão, Novo Hamburgo, Estância Velha, Nova Santa Rita, Três Coroas, Igrejinha, Santana do Livramento e até para o estado de Santa Catarina.

“Com parte do dinheiro auferido com a venda dos bens roubados/furtados das vítimas os criminosos financiavam a compra de armamento e de entorpecentes, retroalimentando o sistema”, concluiu a Polícia Civil.

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