
A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (06), quatro investigados por aplicar o golpe do bilhete premiado em Capão da Canoa. A Operação “Maré de Azar” é resultado de investigação iniciada a partir do registro de uma idosa que sofreu prejuízo de R$ 160 mil com ação dos estelionatários.
Três mandados de prisão foram cumpridos na cidade de Passo Fundo, no Norte do Estado, onde residem os investigados. O quarto mandado é de uma pessoa que já estava no sistema prisional.
Além disso, os policiais realizaram buscas em cinco locais de Passo Fundo e um em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A Justiça também determinou, a partir da investigação, o bloqueio de uma conta bancária.
A operação contou com agentes da Delegacia de Polícia de Capão da Canoa e do reforço da Operação Verão. O delegado titular do município, Marco Swirski, e o adjunto, Andre Luiz, coordenaram o trabalho.
Investigação
Conforme o delegado Marco Swirski, a investigação teve início no final de janeiro, quando uma idosa de 73 anos foi vítima do golpe, perdendo cerca de 160 mil reais para os criminosos. Os policiais identificaram a participação de ao menos seis pessoas, sendo que cinco tiveram a prisão preventiva decretada pelo Pode Judiciário.
Como um dos alvos da operação não foi localizado, as diligências da operação seguem em andamento para prender o quinto investigado.
Prisões em flagrante durante a investigação
Além dos alvos da operação desta quinta-feira, ao longo da investigação, a Polícia Civil prendeu em flagrante, em Capão da Canoa, outros seis estelionatários envolvidos com o golpe do bilhete premiado.
No dia 17 de fevereiro, agentes da DP de Capão da Canoa, flagraram quatro mulheres e dois homens quando tentavam fazer mais uma vítima no município do Litoral Norte. Segundo a Polícia Civil, esse grupo teria causado prejuízos em várias vítimas, com montante superior a R$ 300 mil.
O golpe
O golpe do bilhete premiado ocorre da seguinte forma: a vítima, geralmente uma pessoa idosa, é abordada pelos criminosos que afirmam estarem na posse de um bilhete de loteria premiado.
Os criminosos utilizam de artifícios para fazer com que a vítima acredite que o bilhete é verdadeiro, mas que por algum motivo alegado os supostos ganhadores não conseguem sacar o prêmio.
Assim, a vítima é induzida a adquirir o suposto bilhete, entregando muitas vezes todo patrimônio que possui, sob a falsa perspectiva de se tornar milionária.
Alerta e denúncias
O delegado Marco Swirski reforça os alertas para que a população desconfie de propostas que envolvam prêmios em dinheiro em que é exigido pagamento antecipado. Um dos canais de denúncias da DP de Capão da Canoa é o WhatsApp (51) 98608-0002.