Polícia Civil investiga morte de jovem de Tramandaí na Freeway

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Foto meramente ilustrativa (PRF)

A Polícia Civil de Santo Antônio da Patrulha investiga as circunstâncias que envolveram o acidente que matou uma adolescente de 15 anos na Freeway, na madrugada do dia 03 de março. O caso teve grande repercussão. Um médico, que estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por ter sido flagrado embriagado na BR-448, em Canoas, no ano de 2015, conduzia uma BMW, que atingiu duas motos na ocasião.

Bárbara Andriélli Mendes de Moraes, de Tramandaí, chegou a ser socorrida, mas perdeu a vida a caminho do Hospital Cristo Redentor, de Porto Alegre.

Um inquérito foi aberto para apurar homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de provocar a morte de alguém. O delegado Valdernei Tonete acredita que, se for confirmado o que consta na ocorrência registrada, o médico provavelmente será condenado.

Desabafo

“Por hora, no Brasil, morrem cinco pessoas por hora por acidente de trânsito. Cento e vinte por dia. Do dia 03 até hoje, já devem ter morrido 600 pessoas, além da Bárbara. E eu não vejo nada para acabar com essa matança. Eu posso dar meu depoimento pessoal. Perdi quatro pessoas por acidente de trânsito. Inclusive o pai e a mãe”, afirma o delegado.

Segundo Valdernei Tonete, é necessário pressionar os deputados federais e senadores para que medidas efetivas sejam tomadas para acabar com essa “carnificina”.

Leia mais: Passeio que acabou em tragédia: o acidente que tirou a vida de uma jovem de Tramandaí

“Não só medidas arrecadatórias, aumentando o valor de multas. Para um rico, para um condutor de uma BMW, não interfere em nada! Que o cidadão coloque na balança: a violação do direito de dirigir o veículo é uma pena de seis meses a um ano de prisão. O que ele vai fazer? Pagar uma cesta básica. O que é uma cesta básica para um cara que dirige uma BMW? Quem paga o pato é o pobre.”

O delegado duvida que se ao menos o infrator ficasse preso por uns 10 dias esse tipo de situação se repetiria.

Procedimento da PRF

A ocorrência só foi registrada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) junto à Polícia Civil quase 85 horas depois do ocorrido. As informações coletadas também apontam que o motorista não foi submetido ao teste do etilômetro.

Quanto à demora para registro do acidente, o delegado afirma que não há o que fazer e que quem tem competência para esclarecer a questão é a própria PRF.

“Se o caso resultasse em flagrante, o caso se resolveria em uns 10 dias. De qualquer forma, pode ter certeza de que a Polícia Civil vai fazer tudo o que estiver ao alcance para que o inquérito seja encaminhado à Justiça e o motorista sofra severas punições com base no nosso Código de Transito”, conclui o delegado.

Nota da Polícia Rodoviária Federal

A Polícia Rodoviária Federal vem a público esclarecer que foi instaurado procedimento apuratório para elucidar os fatos e avaliar a ação dos agentes responsáveis pela ocorrência.

A instituição se solidariza com os familiares da vítima desta trágica ocorrência e salienta seu compromisso com lisura pela completa apuração dos fatos.

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