Polícia apreende adolescente e evita tragédia em escola do RS

Ação conjunta com Ministério Público apurou que um atentando estaria sendo planejado

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Investigação apreendeu notebook e croquis detalhados com as plantas das escolas municipais. Foto: Divulgação / PC

A Polícia Civil (PC), em ação conjunta com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), impediu neste sábado (10) um ataque que estava prestes a ocorrer em uma escola municipal de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre. As autoridades apreenderam um adolescente com indícios de radicalização durante a operação.

A Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas coordenou a ofensiva com apoio do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema (NUPVE) do Ministério Público. Primeiramente, as equipes investigaram o jovem após receberem informações sobre atitudes incomuns que causavam medo entre alunos, professores e demais frequentadores da escola.

De acordo o delegado Maurício Barison, titular da DPCA Canoas, o adolescente demonstrava comportamento isolado e agressivo. Segundo ele, o jovem ameaçava colegas e professores com frequência e incentivava a violência extrema. O rapaz, conforme a polícia, também usava roupas semelhantes às de autores de massacres escolares e ostentava símbolos ligados ao nazismo.

Em seguida, diante do agravamento dos sinais de risco, a Polícia Civil solicitou ao Judiciário a internação provisória do adolescente e um mandado de busca e apreensão na residência da família. Na manhã deste sábado, policiais civis e o Ministério Público cumpriram as determinações judiciais.

A apreensão

De acordo com a PC, o irmão do adolescente, de 19 anos, destruiu o notebook usado pelo jovem quando percebeu a chegada dos policiais. A atitude aumentou as suspeitas de que ele planejava um atentado. As autoridades encontraram no local diversos chips de celular e aparelhos eletrônicos. Além disso, croquis detalhados com as plantas das escolas municipais, anotações e cálculos feitos pelo investigado, também foram localizados.

O delegado Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), ressaltou o impacto da operação. “A relevância deste trabalho reside na prevenção de atos que poderiam colocar em risco a vida de pessoas e a paz do ambiente escolar, fundamental para a formação cidadã. Destaco a eficiência da operação, que conseguiu agir de forma antecipada e evitar qualquer atentado à integridade dos alunos e professores”, declarou.

A Polícia Civil informou que continuará as investigações para identificar outros possíveis envolvidos no planejamento do ataque. A Justiça já determinou a internação do adolescente.

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