
Peixes da espécie tilápia, que estariam se debatendo na Lagoa do Violão, em Torres, chamaram a atenção de moradores e do poder público. Nessa segunda-feira (17), servidores da Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo foram ao local, após receber informações da comunidade.
Os servidores da pasta constataram a ocorrência de alguns animais em comportamento de permanência na superfície, o que pode representar uma busca por oxigênio. “É comum que ocorram eventos de mortandade, pois em sistema de superpopulação é uma tendência natural. Esta espécie também sofre quando a água apresenta baixas temperaturas”, diz a prefeitura.
A prefeitura informou, que ao longo dos dias poderá ou não haver uma renovação de oxigênio, e a situação seguirá sendo monitorada. “Podemos nos deparar com uma condição de mortandade destes animais. O último evento de mortandade ocorreu em 2021, e tudo indica que após esta baixa populacional, possamos chegar a um outro pico de ocorrência e consequente mortandade em massa”, ressaltou.
O Poder Executivo também explicou que a questão relacionada à falta de oxigenação na coluna d’ água, deve estar relacionada às intensas chuvas que carreiam matéria orgânica e lavam as vias com óleos de veículos diretamente para a Lagoa.
“Somados ao transbordamento de drenagem pluvial que se mistura a esgotos e adentram a Lagoa, o aumento da turbulência pode desprender lodo do fundo, tudo isto e mais carga de dejetos permanente gerada pela fauna que vive no local, geram um ambiente onde ocorre aumento significativo de matéria orgânica na coluna d´água e perda intensa de oxigênio, sendo os peixes atingidos por respirarem por meio do oxigênio dissolvido na água”, explicou.
Por fim, a prefeitura informou que a tilápia é uma espécie exótica que se adaptou ao sistema lagunar e vem aumentando sua população constantemente. “Existem diversas relações que podem ser negativas ao ambiente pela presença destes animais. A falta de predação em níveis que pudessem controlar o crescimento populacional, a característica de predadora voraz que acaba comprometendo a diversidade de peixes nativos, e, ainda com isto chegando a ápices populacionais”, concluiu.