PM e cão policial do Litoral enfrentam 40 dias de treinamento em curso de cinotecnia

Soldado relatou os obstáculos e desafios que passou junto com o cão Thano

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Sd Castro e o cão Thano passaram por treinamento de 40 dias. Foto: Brigada Militar

Manipulação de arma química, trilha noturna com cães de faro, treinamento embarcado, policiamento em jogos de futebol, atuação em presídios, e dias de campo em Montenegro, estão entre as rotinas de policiais militares que participam do Curso de Especialização em Cinotecnia realizado pelo 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq), em Porto Alegre.

O soldado Hygor de Castro Silveira, do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) que atua no Canil do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Litoral (CRPO Litoral) e o cão Thano, da raça pastor alemão, estiveram juntos, lado a lado, enfrentando obstáculos e desafios para voltarem para casa firmes e fortes, com melhores táticas de patrulhamento policial no combate a criminalidade.

Castro, que se formou no curso na última sexta-feira (22), conta que o curso funcionou em sistema de dedicação exclusiva, durante 40 dias, com apenas quatro dias de dispensa das atividades. O soldado está há nove anos na Brigada Militar e há três no Canil.

Nesse período, ao chegarem em Porto Alegre para o curso, os policiais militares participantes tiveram seus celulares recolhidos e só foram devolvidos após 15 dias, para uso somente após os treinos. As atividades aconteciam das cinco horas da madrugada até às 22 horas.

Para Castro, que é casado com a soldado Flávia Goulart e pai de um menino de dois anos, o mais difícil foi ficar longe da família. “Não foi fácil também ver, aos poucos, 13 colegas desistirem da formação. Neste tipo de curso, em confinamento, surge muita camaradagem, daí é difícil ver os parceiros renunciarem ao treinamento, que exige muita dedicação, porque além de cuidar de si temos que cuidar do cachorro”, declarou.

O soldado Castro junto com a esposa, que também é policial militar e o cão Thano. Foto: Brigada Militar

Em Montenegro, nos dias de campo, o soldado relata que dormiu em barraca e secou a farda em fogueira. Castro também contou fatos inusitados que aconteceram. “Uma noite, na barraca, dois cães se desprenderam de seus condutores e se pegaram numa briga, acordando todos nós”, contou.

O soldado, que já havia participado de treinamento com cães de guerra do Exército, salientou que o melhor aprendizado no curso de Cinotecnia da Brigada Militar foi sobre o comportamento canino. “A vivência diária com o cão Thano me fez entender até o que ele sente”, disse Castro.

Cinotecnia

Treinamento foi realizado no 1º Batalhão de Polícia de Choque, em Porto Alegre. Foto: Brigada Militar

De acordo com a Brigada Militar, o curso de Cinotecnia tem como objetivo socializar os cães dentro da matilha, visando estimular o equilíbrio do animal para atuações nas diversas modalidades de emprego, como a de localização de substâncias entorpecentes, armas e artefatos explosivos.

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