
Um dos principais pontos turísticos do Litoral Norte pode ser a primeira estrutura do Brasil a receber uma técnica de restauração suíça. O Ahadur é um concreto de altíssimo desempenho, reforçado com fibras, o que gera mais durabilidade nas construções. Agora, a tecnologia deve ser usada na reforma estrutural da Plataforma de Atlântida, em Xangri-Lá.
Engenheiros da empresa Kibag chegam no país em menos de 10 dias para se reunir com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) antes de seguir para o Rio Grande do Sul e avaliar a estrutura, no dia 19. O Ahadur ainda não é autorizado no Brasil, mas está em processo de certificação no Ministério da Infraestrutura. Por isso, a empresa manifestou interesse na restauração como teste para a certificação do produto. Assim, caso a plataforma esteja em condições de receber o concreto, a reforma será financiada pela Kibag.
A empresa chegou até a obra no Litoral por causa do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), que ajudou na viabilização da instalação de uma estrutura da Kibag no aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo. Em entrevista ao Litoral na Rede, o deputado comemorou a possibilidade da reforma. “O equipamento e a instalação serão doados pela empresa e então esse será o modelo de entrada deles no Brasil”, afirma Jerônimo. Parte do produto que poderá ser utilizado no Litoral Norte já está armazenado no Porto de Santos.
Mas essa não é a única iniciativa de restauração da plataforma. Em paralelo a isso, a Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida tenta viabilizar um aporte de dinheiro público para arcar com os custos da reforma. Hoje a prefeitura da cidade não tem autorização para liberar verbas ao local. “Isso já foi tentado no passado, em algumas vezes que a Câmara de vereadores repassou dinheiro para a plataforma, mas não se conseguiu efetivar isso por conta dessas dificuldades que têm, são vários entraves que regulam essa questão de dinheiro público pra privado”, explica o presidente da Associação, Jose Luis Rodrigues Rabadan. Agora, um projeto está em andamento para viabilizar o investimento.

A estimativa é de que a reforma custe cerca de R$ 620 mil e abranja a restauração dos pilares que sustentam a área do restaurante da plataforma. “É preciso entender que todas as estruturas marítimas necessitam de permanente manutenção. Neste momento, estamos cuidando da recuperação da rótula, que foi a região mais castigada nos últimos anos”, esclarece Rabadan. Caso o valor não seja liberado e a iniciativa da empresa suíça não se concretize, a associação vai buscar recursos de outras formas, através de rifas e disponibilização de espaços de marketing.
Todos os anos, cerca de 30 mil turistas passam pela Plataforma de Atlântida. O local fica na avenida Beira Mar, S/Nº e está aberto todos os dias, das 06h a 00h. Quem quiser mais informações pode acessar o site www.plataformadeatlantida.com.br.