
Depois de relatos sobre a presença de luzes misteriosas sobre no céu na região de Porto Alegre, o piloto de um voo comercial informou ao controle do tráfego aéreo ter visto o fenômeno sobre o mar, em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Essas luzes estão sendo relatadas por vários pilotos de jatos que sobrevoam o Estado desde a noite de sexta-feira (04).
No fim da noite dessa segunda-feira (07), um piloto de uma aeronave que se aproximava para pousar no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, relatou sobre a luzes no mar. O registro foi feito pelo canal do Youtube Câmera Aeroporto Salgado Filho [veja abaixo], que também disponibiliza as comunicações com a torre de controle.
“Só para reforçar o reporte de outros colegas aí de luzes não identificadas com movimentação aqui à nossa esquerda através da cidade de Torres sobre o mar. Três luzes não identificas com movimentação”, disse o piloto. “Confirmando três luzes aproximadamente em torres?”, questionou a torre. E o piloto confirmou: “Isso. Através da cidade de Torres sobre o mar, três luzes se movimentando aqui à nossa esquerda”.
Veja o momento do relato (a partir dos 24:00):
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Desde a última sexta-feira, o mesmo canal do Youtube registrou outras comunicações entre pilotos e a torre de controle em que foram relatadas as luzes misteriosas. “Elas por vezes somem, apagam e acendem”, disse um deles. “Três ou quatro luzes fazendo evoluções”, afirmou outro. “Três luzes girando em espiral entre elas, bem forte”, relatou um piloto.
As luzes incomuns foram vistas principalmente ao sul de Porto Alegre, segundo as informações dos pilotos.
A partir dos relatos, o diretor do Observatório Heller & Jung, Carlos Fernando Jung, passou a analisar as imagens das câmeras instaladas na cidade de Taquara. Na noite de sexta-feira, um dos equipamentos registrou uma luz azul se movimentando nas nuvens.

“Isso pode se dever ao fato de algum projetor com alta potência, sendo projetado na direção das nuvens e provocando sucessivas reflexões difusas e iluminado essa parte do céu. Ou também pode ocorrer de algum objeto não identificado estar iluminando as nuvens naquela posição naquele momento”, explicou o professor.