Três homens foram presos em flagrante pela Patrulha Ambiental por pescarem bagres na barra do Rio Tramandaí, em Tramandaí. A pesca de duas espécies de bagre está proibida por um Decreto Estadual, desde o segundo semestre de 2014, devido ao risco de extinção dos peixes. Além disso, o trio usava um método predatório, conhecido como pesca de fincão, usando uma taquara com várias lanças nas pontas.
O flagrante ocorreu no final da tarde desta quarta-feira e os pescadores foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Tramandaí, onde o delegado de plantão autuou todos em flagrante pela prática de crime ambiental e estabeleceu fiança de R$1,8 mil para cada. Apenas um dos homens pagou o valor e os outros dois foram encaminhados, nesta quinta-feira, para a Penitenciária Modulada de Osório.
O Litoral na Rede entrou em contato com o Sindicato dos Pescadores de Tramandaí, que informou que nenhum dos presos é sindicalizado ou tem ligação com a Colônia de Pescadores Z40, que fica no município. O secretário geral do Sindicato, Ivan Ramos Vasconcelos, explicou que pescadores profissionais estão cientes da proibição da pesca do bagre e que a categoria discute a questão com vários órgãos públicos, como a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a Fundação Zoobotânica, o Ministério Público e Justiça Federal. “Pescadores profissionais também não usam a pesca de fincão e estão enquadrados nas regras estabelecidas”, esclareceu o sindicalista.
O dirigente do Sindicato dos Pescadores disse ainda que os pescadores defendem o monitoramento das espécies em extinção para que possa ser avaliada a liberação da pesca. Vasconcelos salientou ainda que há duas espécies de bagres que podem ser pescadas, mas que há dificuldades em diferenciá-las das proibidas por parte de quem faz a fiscalização. “Não temos como colocar uma rede na água com uma plaquinha escrito: aqui bagre não entra”, destacou.