Pequenos invertebrados azuis tomam conta das areias das praias

Compartilhe

Foto: Divulgação UFRGS/Ceclimar

Ultimamente tem sido comum veranistas do litoral norte do Rio Grande do Sul encontrarem uma grande quantidade de pequenas criaturas, com diâmetro de cerca de 2 cm, coloração azul e característica gelatinosa nas areais da praia. Também muito conhecido como mães-d’água, estes invertebrados incomodam os banhistas, pois os seus tentáculos podem causar sérias queimaduras.

Mas no caso desse pequenino animal marinho da espécie Velella velella, um cnidário (grupo das águas-vivas, mães d’água ou medusas) não há chances de queimaduras. De acordo com a bióloga e diretora do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos – CECLIMAR, Carla Osório, “estes animais, mesmo tendo toxinas, são apropriadas para presas muito pequeninhas, pois estes invertebrados se alimentam de plânctons, então não chega a causar queimaduras”, explicou a bióloga.

No entanto, Carla faz um alerta. “Considera-se desaconselhável tocá-los, pois, embora estas toxinas tenham pouco efeito sobre a pele, seus resíduos nas mãos e nos dedos podem propiciar o contato com regiões mais sensíveis como os olhos, e aí sim, pode-se ter alguma reação alérgica, ou infecção”, concluiu

Segundo a bióloga, no Litoral Gaúcho, uma das espécies mais comuns de água-viva é a Caravela Portuguesa (Physalia physalis). “Ela parece um balão inflado de cor azulada com longos tentáculos. Esta, sim, independentemente do tamanho do animal, não se deve tocar, mesmo se estiver na areia, pois há um grande risco de levar queimadura devido as toxinas que ali estão”, explicou.

Compartilhe

Postagens Relacionadas