Pedófilo preso em Imbé acumula penas que ultrapassam 35 anos de prisão

TJRS já negou três recursos do homem que abusava de crianças com consentimento das mães

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Em 2023, o investigado por pagar a mãe para explorar crianças foi preso em Imbé. Fotos: Polícia Civil / Arte: Litoral na Rede / Arquivo

Um pedófilo preso em Imbé, no Litoral Norte, já acumula penas, confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que ultrapassam 35 anos de prisão. Nesta semana, a 8ª Câmara Criminal do TJRS manteve mais uma condenação do homem de 42 anos que submeteu duas crianças à prática de atos libidinosos, com consentimento das mães.

O réu foi sentenciado a 10 anos e 9 meses de prisão, pena que já está cumprindo desde o ano passado. No caso específico, que aconteceu em Porto Alegre, as vítimas eram duas irmãs, que na época tinham dois e um ano de idade. O homem tentou reduzir sua pena alegando falta de provas, mas os desembargadores rejeitaram o pedido, considerando as provas suficientes. A mãe das meninas foi condenada a sete anos e seis meses de prisão, mas não recorreu da decisão.

A desembargadora Vanessa Gastal de Magalhães destacou que o abuso ocorreu repetidamente entre 2021 e 2023, período em que o réu mantinha relacionamento com a mãe das vítimas. Durante esse tempo, os abusos começaram com a filha mais velha e depois incluíram a mais nova.

Além disso, o homem enfrenta outros processos por crimes parecidos, envolvendo outras vítimas e mães que colaboraram nos abusos. Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), as mulheres recebiam dinheiro para permitir que ele cometesse os crimes. Mensagens de WhatsApp entre o réu e a mãe das meninas, laudos e outras provas confirmaram as acusações. Entre as evidências estava uma lista em que o homem descrevia práticas e valores oferecidos às mães.

A Polícia Civil prendeu o acusado em abril de 2023, em Imbé, onde ele tinha um imóvel, a partir de um dos casos, em que as vítimas eram três meninas de 8, 10 e 12 anos de idade. Com o avanço da investigação, os policiais identificaram outras crianças abusadas e mães envolvidas com o pedófilo, a maioria delas em cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Também participaram do julgamento na 8ª Câmara Criminal do TJRS as desembargadoras Cleciana Guarda Lara Pech e Naele Ochoa Piazetta.

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