Paulo Brum, ex-deputado estadual e atual secretário-adjunto da Capital, morre em Tramandaí

Corpo do político foi localizado nesta manhã e foi encaminhado para necropsia

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Paulo Brum. Foto: Ederson Nunes / CMPA

O ex-deputado estadual e atual secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Inclusão e Desenvolvimento Humano da Prefeitura de Porto Alegre, Paulo Brum, morreu em Tramandaí. O corpo do político foi localizado na manhã desta segunda-feira (24) em um imóvel no distrito de Nova Tramandaí.

Conforme o delegado Alexandre Souza, titular da Delegacia de Tramandaí, a princípio trata-se de um suicídio. “A perícia esteve no local e relatou ser suicídio. De qualquer forma o corpo foi encaminhado para a necropsia”, informou. Ele acrescentou que a esposa do político relatou à polícia que Paulo já teria tentado se matar da mesma maneira ano passado, inclusive chegando a ser hospitalizado.

Familiares do político também informaram que Paulo Brum utilizava medicamentos controlados desde a pandemia da Covid-19, pois teria ficado abalado com perdas de parentes próximos.

Paulo Brum, de 66 anos de idade, ficou paraplégico em 1976 após sofrer um acidente de carro. Desde então, fazia uso de cadeira de rodas.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa manifestou profundo pesar pelo falecimento do político. Conforme o parlamento, sua atuação política teve como base Porto Alegre, dedicado às políticas públicas de inclusão social das pessoas com deficiência.

O prefeito da Capital, Sebastião Melo, que está na Holanda em missão oficial, lamentou a perda de Paulo Brum.

“Acabo de receber a triste notícia do falecimento do Paulo Brum, nosso querido colega da Secretaria de Inclusão. Ex-deputado estadual e vereador, o Paulo foi um defensor incansável de políticas públicas para as pessoas com deficiência. Nossos sentimentos aos familiares e amigos!”, publicou no X.

Paulo Brum

Natural de Fontoura Xavier, Paulo César dos Santos Brum foi eleito deputado estadual na 51ª Legislatura (2003/2007) e na 52ª Legislatura (2007/2011). Na eleição seguinte, permaneceu como suplente de deputado.

Nas duas legislaturas na Assembleia Legislativa representou a legenda do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), sigla na qual ingressou em 2000.

Antes, foi filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), tendo sido eleito vereador da Câmara Municipal pela legenda em 1996 e reeleito em 2000. Retornou ao PTB e foi eleito vereador novamente em 2012 e reeleito em 2016.

Desde 2021, ocupava a função de adjunto da Secretaria Municipal de Inclusão e Desenvolvimento Humano desde 2021.

Na atual legislatura, era suplente de vereador da Capital pelo Podemos.

Suicídio (Prevenção)

Campanha Setembro Amarelo destaca leis e estratégias de prevenção ao suicídio

O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido! Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo. Por isso, fique atento(a) se a pessoa demonstra comportamento suicida e procure ajudá-la.

Sinais de alerta

Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser considerados isoladamente. Não há uma “receita” para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais, que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos, sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.

O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas:

  • Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.

Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança:

  • As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos.

Expressão de ideias ou de intenções suicidas:

Fiquem atentos para os comentários abaixo. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes são ignorados:

  • “Vou desaparecer.”
  • “Vou deixar vocês em paz.”
  • “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”
  • “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”

Isolamento:

As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.

Outros fatores:

Exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, entre outros podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio. Sendo assim, devem ser levados em consideração se o indivíduo apresenta outros sinais de alerta para o suicídio.

Pedindo ajuda

Pensamentos e sentimentos de querer acabar com a própria vida podem ser insuportáveis e pode ser muito difícil saber o que fazer e como superar esses sentimentos, mas existe ajuda disponível. É muito importante conversar com alguém que você confie. Não hesite em pedir ajuda, você pode precisar de alguém que te acompanhe e te auxilie a entrar em contato com os serviços de suporte.

Quando você pede ajuda, você tem o direito de:

  • Ser respeitado e levado a sério;
  • Ter o seu sofrimento levado em consideração;
  • Falar em privacidade com as pessoas sobre você mesmo e sua situação;
  • Ser escutado;
  • Ser encorajado a se recuperar.

Onde buscar ajuda:

  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais;
  • Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita).

Centro de Valorização da Vida – CVV

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.

A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.

Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.

Também é possível utilizar o atendimento por chat e e-mail disponível nos ícones abaixo.

Diante de uma pessoa sob risco de suicídio

  • Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio;
  • Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento;
  • Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa;
  • Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa;
  • Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

Suicídio (Prevenção). Fonte: Ministério da Saúde

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