Policiais do 1°Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) apreenderam 2.700 metros de redes e quase meia tonelada de bagres na Lagoa Tramandaí. A ação embarcada ocorreu na manhã desta terça (12) entre os municípios de Tramandaí e Imbé.
Segundo a Patrulha Ambiental (Patram) de Tramandaí, as redes estavam posicionadas fora de horário permitido e em uma área maior do que a autorizada a pescadores cadastrados para pesca do bagre na Bacia Hidrográfica.
O proprietário de uma das redes foi identificado no local, mas fugiu. Em relação ao restante das redes encontradas em situações irregular, a Patram informou que não houve a identificação do responsável.
A ação ocorreu após os PMs identificarem um homem parado em um caminhão em frente à sede da Patram de Tramandaí. Ao ser abordado, ele admitiu, segundo a corporação, que havia sido pago por pescadores para monitorar e alertar sobre qualquer movimentação dos policiais ambientais.
Os 2.700 metros de redes, pesando 160 quilos, foram descartados no aterro sanitário. Os bagres que haviam sido capturados somaram cerca de 495 quilos. Os pescados estavam em condições de consumo e foram destinados às comunidades terapêuticas de Tramandaí e Cidreira.
Pesca do bagre
A pesca do bagre pode ser realizada somente por pescadores previamente cadastrados no projeto MOPERT (Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira e Geração de Subsídios para o Manejo da Pesca do Bagre nos Municípios de Imbé e Tramandaí) na safra de 2023.
A temporada da pesca do bagre começou no dia 1° de outubro e seguirá até o dia 14 de dezembro, na Bacia do Rio Tramandaí. A definição do período da safra 2024 ocorreu numa sessão conciliatória do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon) da Justiça Federal do RS (JFRS) com os envolvidos.
A JFRS alerta que a pesca do bagre Genidens planifrons (juru-bebê), espécie criticamente ameaçada de extinção está proibida.