
[Aviso de conteúdo sensível: esta matéria trata de violência contra criança e pode causar desconforto para alguns leitores]
A Polícia Civil (PC) investiga mais uma situação grave de violência contra um bebê em Imbé. Dessa vez, o caso envolve uma criança com apenas dois meses de vida. Os pais são suspeitos de espancar o menor, que está internado no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre, com estado de saúde estável, mas com sequelas cerebrais graves. Segundo a equipe social do hospital, há risco de que o bebê permaneça em estado vegetativo.
O caso, ocorrido no final de agosto no balneário Albatroz, foi notificado pelo hospital no dia 2 de setembro. Inicialmente internado no Hospital Tramandaí, o bebê chegou ao hospital da Capital apresentando febre, crises convulsivas e suspeita de meningite. Durante os exames, os médicos identificaram múltiplas fraturas e hematomas em diferentes estágios de consolidação. O quadro foi considerado altamente sugestivo de maus-tratos.
A partir da notificação, o Conselho Tutelar de Imbé iniciou diligências imediatas para proteger o bebê e sua irmã de 7 anos. A menina foi localizada e encaminhada aos cuidados do pai biológico, com responsabilidade formalizada. A equipe também determinou o afastamento dos genitores do ambiente hospitalar, por considerar que a presença deles representava risco iminente à integridade física e psicológica das crianças.
No mesmo dia, conselheiros, com apoio da Guarda Municipal de Imbé (GMI), levaram o pai do bebê à Delegacia para prestar depoimento. Já na última terça-feira (16), um novo relatório médico reforçou que as agressões ocorreram em momentos distintos. Diante da gravidade, o Conselho solicitou ao Juizado da Vara da Infância e Juventude o afastamento cautelar dos pais e encaminhamento para avaliação psicossocial. Para garantir a segurança do bebê durante o tratamento, a avó materna assumiu provisoriamente a responsabilidade pela criança.
Contatado pela reportagem do portal Litoral na Rede, o delegado Rodrigo Nunes, titular da Delegacia de Polícia de Imbé, confirmou o andamento do inquérito para apurar o caso e que os pais do menino são suspeitos do crime. Ele optou por não dar detalhes para não atrapalhar as investigações. Segundo apurou a reportagem, eles têm entre 26 e 27 anos.
O Conselho Tutelar também segue acompanhando o caso, em conjunto com a rede de proteção e as autoridades competentes. Em nota, o órgão reforçou que a comunidade deve permanecer atenta e denunciar qualquer suspeita de maus-tratos ou negligência contra crianças e adolescentes. As denúncias podem ser feitas, inclusive de forma anônima, pelo plantão: (51) 99283-0884.
Mais um caso de violência contra bebê

Este é o segundo caso de agressão a bebê registrado em Imbé em pouco menos de um mês. Na semana passada, uma mulher de 25 anos foi presa por torturar o próprio filho, com apenas 35 dias de vida. Ela gravou imagens espancando o recém-nascido e as enviou ao ex-companheiro, pai da criança.
Segundo o homem, o material foi enviado para atingi-lo emocionalmente e tentar forçar sua volta ao convívio familiar. Questionada pelos conselheiros, a mulher admitiu que cometeu as agressões. Ela declarou que “não foi para machucar” e reconheceu que agiu de forma errada.
O bebê foi encaminhado ao Pronto Atendimento 24 Horas de Imbé e depois transferido para o Hospital de Tramandaí para avaliação pediátrica especializada. Ele está bem e não sofreu fraturas.










