Operação em SC prende o humorista e influenciador Nego Di

Ele é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e acusado de estelionato

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Foto: Fábio Rocha / TV Globo / Divulgação

O humorista e influenciador digital Nego Di foi preso pela Polícia Civil (PC), na manhã deste domingo (14), na praia de Jurerê, em Florianópolis (SC). Alvo, na última semana, de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de lavagem de dinheiro, ele é acusado de estelionato.

De acordo com o portal G1, Dilson Alves da Silva Neto, de 30 anos, é investigado em um inquérito que apura a suposta venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual Nego Di é proprietário. Os itens, adquiridos por pelo menos 370 pessoas em 2022, jamais foram entregues.

Conforme a Polícia Civil, contas bancárias ligadas a ele teriam movimentado mais de R$ 5 milhões durante o período. Autoridades policiais estimam que o prejuízo entre os compradores das rifas virtuais organizadas por Nego Di ultrapasse os R$ 330 mil.

Ele deve ser transferido para o Rio Grande do Sul ainda neste domingo. Em nota, a Polícia Civil do RS confirmou a prisão do influenciador e prometeu dar mais detalhes sobre o caso ainda hoje, em entrevista coletiva.

Operação Rifa$

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, deflagrou na sexta-feira (12), em Santa Catarina, a Operação Rifa$, cujos alvos foram Nego Di e a namorada dele, que também é influenciadora e teria participação na promoção de rifas virtuais ilegais e possíveis fraudes nas redes sociais.

Agentes do 1º Núcleo Regional do GAECO — Capital — e do 2º Núcleo — Metropolitana — contaram com o apoio do GAECO do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na busca de mais provas relacionadas à lavagem de dinheiro decorrente da promoção de rifas ilegais com premiações em dinheiro e bens de alto valor que não teriam sido entregues às vítimas.

Outra meta da operação, segundo o MPRS, foi coibir a lavagem de capitais realizada pelos criminosos, que ainda teriam utilizado documento falso nas redes sociais. Foram apreendidos dois veículos de luxo dos investigados, munição e uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, o que motivou a prisão em flagrante da namorada de Di.

Segundo o promotor, o objetivo das buscas também é recolher documentos, mídias sociais, celulares, entre outros, para se ter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo casal. Flávio Duarte também obteve da Justiça o bloqueio de valores, além da indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros vinculados aos fatos apurados.

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