
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (27), a Operação Soterrados, a partir de investigação de crimes de estelionato praticados durante o verão em Balneário Pinhal, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A apuração, realizada pela equipe da Delegacia do município, identificou golpes relacionados a serviços de jardinagem, com prejuízo de pelo menos R$ 30 mil às vítimas.
Foram cumpridas 12 ordens judiciais e quatro criminosos foram presos. Todos os alvos estavam em Porto Alegre. A operação mobilizou 54 agentes na Capital. Além da equipe de Balneário Pinhal, participaram policiais do Departamento de Investigações Criminais, da Delegacia de Homicídios de Alvorada, da 5ª Delegacia de Porto Alegre e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), incluindo a Divisão de Operações Aéreas.
De acordo com o delegado Rodrigo Nunes, que coordenou a investigação, os estelionatários usavam empresas de jardinagem de fachada, inclusive com veículos identificados, para cometer os crimes. A maioria das vítimas dos golpes são pessoas idosas.
“Sob pretexto de aplicar terras para jardinagem, o grupo se utilizava de diversas formas de ardil no intuito de lograr as vítimas, quase sempre pessoas idosas, obtendo vantagem em prejuízo destas, utilizando uniformes e veículos adesivados de empresas de fachada e/ou já encerradas na Junta Comercial do Estado”, relatou o delegado.

De acordo com a Polícia Civil, os estelionatários buscavam distrair as vítimas para obter vantagens. Eles inseriam, nas máquinas de cartão, valores muito acima dos contratados e faziam diversas transações com os cartões, alegando que estavam ocorrendo erros no pagamento. Além disso, também diziam que teriam utilizado mais produtos do que o previsto, cobrando valores maiores por mercadorias não entregues.
Os investigadores também identificaram que os golpistas utilizavam instituições financeiras on-line, transferências para terceiros “laranjas” para dificultar o rastreio do dinheiro pela Polícia. “Estima-se que o prejuízo causado é superior a R$ 30.000,00, somente em Balneário Pinhal, não se descartando a hipótese de existirem mais vítimas em outras cidades do litoral, e também que não comunicaram a ocorrência do crime à Polícia”, disse o delegado.
Na operação, foram apreendidos diversos objetos e documentos, que serão analisados na continuidade das investigações para identificar novas vítimas e apurar outros crimes praticados pelo grupo. Os golpista também agiram em outras regiões do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.