
O Litoral Norte do Rio Grande do Sul é uma das regiões do estado com maior aumento populacional no período de oito anos, entre 2010 e 2017, conforme estudo realizado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria Estadual de Orçamento, Planejamento e Gestão (Seplag). Dos 20 municípios gaúchos como maior crescimento populacional proporcional, sete estão na região.
O ranking estadual, divulgado nessa segunda-feira (15), é liderado por Arroio do Sal e Imbé, mas também inclui os municípios de Xangri-lá, Capão da Canoa, Tramandaí, Balneário Pinhal e Cidreira. Juntos, esses municípios ganharam 29.089 habitantes em oito anos.
Segundo o DEE, a população de Arroio do Sal cresceu 24,70% no período, um incremento de 1.952 habitantes. Em Imbé, a alta foi de 23,72%, com 4.281 moradores a mais. A população de Xangri-lá aumentou 20,88%, o que representa 2.654 habitantes a mais em 2017 em comparação com 2010.






Em Capão da Canoa e Tramandaí, as maiores cidades do Litoral Norte, a população cresceu 19,41% e 18,85%, respectivamente. Em números absolutos, os dois municípios tiveram o maior incremento populacional da região e ficaram em segundo e terceiro lugares no Estado entre os 20 que mais crescerem, atrás apenas de Lajeado, no Vale do Taquari.
Nesses oito anos, Capão da Canoa ganhou 8.337 habitantes, chegando a uma população estimada em 51.299 pessoas em 2017. Já em Tramandaí, são 8.009 moradores a mais, como uma população estimada em 50.501 habitantes em 2017.
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As imagens aéreas desta reportagem foram cedidas ao Litoral na Rede pela Pitol.net Imagens Aéreas.
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RS tem a menor taxa de crescimento populacional do Brasil
Com a menor taxa de crescimento populacional do país, o Rio Grande do Sul vê o percentual de idosos aumentar, ao mesmo tempo em que diminui o número de pessoas que integram o grupo em idade potencialmente ativa (15 a 64 anos). Esse movimento demográfico tem causas que vão além da baixa natalidade e da maior expectativa de vida dos gaúchos em relação ao cenário nacional: o RS é um Estado que pode ser considerado “fechado” para as trocas migratórias, pois tem baixos percentuais de emigrantes e, principalmente, de imigrantes, resultando na menor taxa líquida migratória fora do Nordeste brasileiro.
Dos atuais 11,3 milhões de habitantes, o RS ultrapassaria o número de 12 milhões se todos os gaúchos aqui nascidos, em qualquer época, retornassem ao Estado (isso com todos imigrantes também retornando aos Estados de origem). É o que mostra estudo divulgado nesta segunda-feira (15) pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) sobre o movimento migratório e o quanto esta transição demográfica gera impactos tanto do ponto de vista econômico como em termos de desafios de políticas públicas para os próximos anos.
“O Rio Grande não tem se mostrado atrativo para reter pessoas, especialmente os mais jovens, muito menos para cativar gente de fora. O Estado precisará ´importar´ pessoas”, define a secretária Leany Lemos.