Um caso importado de malária foi confirmado nessa quarta-feira (30) pela Secretaria Municipal de Saúde de São Leopoldo, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre. O paciente vivia em Roraima e vinha sendo monitorado desde a terça (29).
Conforme a pasta, a confirmação do diagnóstico positivo para malária ocorreu por meio de exame analisado no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen/RS).
Segundo a prefeitura, o paciente está estável, em casa e já se encontra sob tratamento com a medicação indicada. A equipe de enfermagem da Vigilância Epidemiológica do município realizou visita domiciliar para orientar os contatos familiares do paciente sobre o acompanhamento, como realização de novos exames para controle e consultas de avaliação. Uma equipe da Vigilância Ambiental também está cumprindo os protocolos determinados para o caso.
Como o paciente estava residindo no estado de Roraima, em área endêmica para a doença até o mês passado, o caso é considerado importado de outra região do país, ou seja, não há nenhuma indicação de transmissão local.
Sobre a malária
Doença causada por protozoários que infectam a fêmea do mosquito Anopheles darlingi, a malária é considerada uma doença com concentração quase que absoluta na região amazônica do Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria dos casos de malária do Brasil se concentra na região amazônica. Em estados do Sul e do Sudeste, por exemplo, há uma espécie de controle natural do mosquito por conta das temperaturas mais baixas que agem como uma barreira para a doença, uma vez que dificulta que o mosquito que funciona como seu vetor complete seu ciclo de vida assim, desacelerando, por consequência, a replicação do parasita causador da malária.
A malária não é considerada uma doença contagiosa. Isso significa que uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa.
Os sintomas da malária costumam aparecer entre 14 e 21 dias após a picada do mosquito infectado. A manifestação mais comum é a febre, que dura pelo menos uma semana. Dor de cabeça, calafrios, tremores, náuseas e vômitos, pressão baixa, cansaço extremo, convulsões, hemorragia e alteração da consciência também são episódios registrados.
A doença costuma se manifestar de forma mais grave em gestantes, crianças e pessoas infectadas pela primeira vez.