Uma mulher foi presa em flagrante nesta sexta-feira (27) pela prática de crime de receptação em Mostardas. A ação foi comandada pela Delegacia de Polícia Civil (DP) da cidade, com apoio de agentes da DP de Tavares.
As investigações tiveram início após a polícia ser notificada de um furto ocorrido dias antes no distrito mostardense de Bacupari. Os agentes iniciaram diligência em busca das pessoas apontadas como suspeitas do crime, mas não obtiveram sucesso num primeiro momento.
Pouco tempo depois, já com informações mais concretas, os policiais receberam uma indicação do possível local onde seriam encontrados os produtos furtados. Chegando à residência indicada, que seria ponto de tráfico de drogas, eles se depararam com a porta aberta e os moradores sentados na sala de estar, sendo possível visualizar que o ambiente possuía dois sofás de cores e materiais distintos. O fato chamou atenção dos agentes, que suspeitaram da origem dos móveis e desconfiaram da possível relação com o furto que vinha sendo investigado.
A mulher acusada de receptação admitiu que adquiriu o conjunto de sofás de dois lugares pela quantia de R$ 150, mas não revelou o nome dos vendedores e nem a origem dos produtos. Ela possui antecedentes por tráfico de drogas e organização criminosa.
A suspeita dos agentes é de que os sofás seriam trocados por drogas. A polícia também tem informações que a residência onde a mulher foi encontrada teria sido utilizada por criminosos acusados de participar da chacina solidão, e que ela estaria entre os participantes do crime à época.
Diante do quadro evidente de aquisição de produto de crime, os policiais deram voz de prisão à mulher e a conduziram até a DP para adoção das medidas cabíveis e, posteriormente, ao presídio.
Segundo o delegado Tiago Souza, responsável pela investigação, a mulher acabou entregando informações sobre os responsáveis pelo furto. “Eles foram localizados e intimados a comparecer na delegacia para prestarem depoimento no inquérito policial instaurado para apurar o crime de furto”, confirmou o delegado.
O delegado reforçou o alerta sobre o crime de recepção, cuja prática prevê pena de reclusão de até quatro anos e multa. “A pessoa que adquire um bem qualquer que saiba ser produto de um furto poderá ser responsabilizada pelo crime de receptação que, em princípio, é punido com a mesma intensidade do crime de furto”, explica.