O policial militar, Rodrigo Weber Volz, de 31 anos de idade, uma das vítimas do atirador de Novo Hamburgo, não resistiu e morreu na UTI do hospital municipal da cidade do Vale dos Sinos. Ele teve a morte cerebral confirmada nesta quinta-feira (24). O crime, que chocou o país, ocorreu entre terça-feira (22) e quarta-feira (23).
Durante o confronto com a Brigada Militar (BM), outro soldado foi baleado e morreu. Everton Kirsch, de 31 anos, foi sepultado nessa quinta-feira. Outro policial, João Paulo Farias Oliveira, de 26 anos, segue em estado grave. A sargento Joseane Muller, que também foi atingida pelo atirador, está em recuperação, mas não recebeu alta.
O atirador Edson Fernando Crippa, de 45 anos, foi localizado morto após séries de confrontos com a Brigada Militar. Ele também matou o pai Eugenio Crippa, 74 anos e o irmão Everton Crippa, 49 anos.
Além do soldado João Paulo, seguem em estado grave a mãe do atirador, Cleris Crippa, 70 anos, e a cunhada Priscilla Martins, de 41 anos.
O guarda municipal Volmir de Souza segue internado e está se recuperando. Os policiais Eduardo de Brida Geiger, Leonardo Valadão Alves e Felipe Costa Santos Rocha, que também foram baleados, já receberam alta.
O velório e o sepultamento de Rodrigo Weber Volz, ocorrerá nesta sexta-feira, em Canoas.
Nota de Pesar, Brigada Militar
“Com grande tristeza a Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul reforça seu luto em razão do falecimento do Sd Rodrigo Weber Volz, morto em combate ao lado de seu companheiro de farda, Sd Kirsch. O Sd Rodrigo Volz tinha 31 anos, ingressou na Brigada Militar em 2016 e pertencia ao 3° Batalhão de Polícia Militar, em Novo Hamburgo. Deixa esposa.
O militar, assim como seu colega de farda, foi vitimado durante o cumprimento do dever, dedicando a própria vida pela segurança do povo gaúcho.
A instituição reforça seu comprometimento para com a família, amigos e colegas de farda dos nossos heróis brigadianos”.
Confronto
Em coletiva de imprensa, a Brigada Militar informou que, na noite de terça-feira (22), o pai do atirador entrou em contato com o telefone de emergência 190 relatando maus-tratos por parte do filho.
Uma equipe foi despachada para o endereço e, pouco tempo depois, o atirador iniciou os disparos – contra a própria família e contra os policiais que atendiam a ocorrência.
Outras viaturas foram deslocadas para o local. O atirador permaneceu todo o tempo dentro da residência.
No início da manhã de quarta, depois de a Brigada Militar verificar que o homem estava caído no interior da casa, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez uma varredura no local e autorizou o acesso de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à residência. Neste momento, a morte do atirador foi constatada.