Muitas pessoas não sabem, mas neste sábado (19), é o Dia Mundial da Limpeza (World Cleanup Day), data celebrada em todo o planeta, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os sérios problemas que o lixo jogado na praia, praças e ruas, por exemplo, traz ao meio ambiente, ao oceano e aos animais marinhos. A conscientização ocorre da seguinte forma: voluntários em todo o mundo se mobilizam e iniciam a limpeza de suas cidades e bairros.
Em Torres, o Projeto Praia Limpa se mobilizou, e neste ano, devido à pandemia e para não haver aglomerações de pessoas, conforme as regras dos decretos do estado e do município, não foi possível ir às ruas e na orla recolher o lixo, que infelizmente muitas pessoas descartam em qualquer lugar. Para não passar a data em branco, o coordenador do Praia Limpa Torres, Alexis Sanson, conta que a estratégia foi realizar um sistema drive-thru, com a intenção de instigar a comunidade a realizar limpezas ambientais, digitais e mentais.
O sistema drive-thru consiste na ida do morador “com seu automóvel” a um lugar combinado, para que moradores pudessem entregar materiais recicláveis, sem sair do veículo. “Fizemos a coleta de resíduos na Prainha, estimulamos as pessoas a realizarem a coleta seletiva de suas casas e a entregassem na modalidade drive-thru. Todo o material foi destinado à Cooperativa de Reciclagem de Torres, com o objetivo de fomentar emprego e renda para as famílias que dependem da reciclagem para sobreviver”, contou Alexis.
Ele relatou ainda que neste ano de 2020, com a pandemia, é importante seguirmos agindo e mostrando a necessidade de ações ambientais em prol de um mundo melhor para nós e nossas futuras gerações. “O impacto dos resíduos no meio ambiente, não impacta apenas outras espécies como já está influenciando na saúde dos seres humanos que já consomem microplásticos na água que bebemos. Atinge também diversas espécies de peixes, por exemplo. Precisamos detalhar algo mais para que as pessoas criem consciência de descartar corretamente seus resíduos?”, questionou.
O coordenador do projeto afirma que a sobrevivência da espécie humana está em jogo, pois a maioria das cidades brasileiras não tem o meio ambiente como uma das suas prioridades. “A nível federal é visível à omissão e também um desmonte de importantes órgãos e entidades. Precisamos não apenas falar de sustentabilidade ambiental, mas também, de sustentabilidade política. Boas práticas em gestões passadas devem prosseguir ou serem aprimoradas nas gestões atuais ou futuras”, afirmou.
Ao todo, segundo o coordenador do projeto, foram coletados 337 Kg de materiais recicláveis. “São 1.322 itens entregues para a cooperativa, entre plásticos, como garrafas e embalagens; eletrônicos como Tvs, rádios, celulares e cabos; papéis como papelão e revistas”, finalizou.