Ministério da Agricultura confirma primeiro foco de gripe aviária no RS

Número de casos em aves silvestres no Brasil subiu para 13

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Cinco equipes de vigilância da Secretaria de Agricultura do RS atuam na região. Foto: Divulgação / Estação Ecologica do Taim

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou no começo da noite desta segunda-feira (29) o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no estado do Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada após 36 cisnes-de-pescoço-preto terem sido encontrados mortos na Lagoa da Mangueira, em área da Estação Ecológica do Taim, localizada entre os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, na Região Sul do Estado. O local já foi interditado para visitação.

Em nota, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS também confirmou o caso e destacou que cinco equipes de vigilância da pasta atuam na região. Até o momento foram visitadas 74 propriedades rurais, localizadas no raio de 10 km do local, para investigação clínica e epidemiológica, além de orientações à população da área e sensibilização para a notificação de suspeitas em aves domésticas. Ainda segundo o órgão estadual, nenhum caso suspeito em aves domésticas foi detectado. “Essas ações visam limitar a ocorrência e evitar a disseminação da doença para outras áreas”, acrescenta a nota oficial.

A secretaria também destaca que a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não afeta a condição do Estado e do país como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), não impactando o comércio de produtos avícolas. “Não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo”, afirma.

Com os casos notificados hoje, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil, sendo nove no estado do Espírito Santo, três no Rio de Janeiro e um no Rio Grande do Sul.

A doença já foi identificada em seis espécies no território brasileiro: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto).

“É importante lembrar que doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Deste modo, pedimos para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet”, diz o comunicado do Mapa.

Foto: Divulgação / Estação Ecologica do Taim

A pasta ressalta que segue em alerta e informa que, com a intensificação das ações de vigilância, é comum e esperado o aumento de notificações sobre mortalidades de aves silvestres em diferentes pontos do litoral do Brasil.

“O Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de influenza aviária, exportando seus produtos para consumo de forma segura. O consumo de carne e ovos se mantém seguro no país”, reforça o ministério.

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