Menino Miguel era obrigado a escrever frases ofensivas, diz delegado

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030821 PERÍCIA CASO MIGUEL
Peritos realizaram levantamento nos dois apartamentos onde Miguel morou com a mãe e sua companheira em Imbé. Foto: Polícia Civil

Agentes da Delegacia de Polícia de Imbé e a equipe do Departamento de Criminalística do Instituto Geral de Perícia realizaram, na noite desta terça-feira (03), levantamento pericial nos dois imóveis onde o menino Miguel, a mãe e sua companheira residiram na cidade do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Um dos apartamentos fica no bairro Albatroz e outro no Centro.

Os peritos recolheram material genético e outros objetos que serão periciados. Também foi apreendida um corrente. De acordo com o delegado Antônio Carlos Ractz Jr., ela era utilizada pela mãe para prender o garoto.

As equipes também apreenderam um  caderno e encontraram frases que Miguel seria obrigado a copiar com ofensas contra si mesmo, como  “eu sou um idiota”, “eu não presto” e “eu sou um filho horrível”.

Em páginas desse caderno, divulgadas pela Polícia, as frases foram escritas com letras que parecem ser de pessoas diferentes, uma delas da mãe ou da sua companheira, a outra do menino.  “A criança era obrigada a copiar as frases escritas”, concluiu o delegado.

Caderno em que Miguel era obrigado a copiar frases ofendendo a si mesmo. Foto: Polícia Civil

O corpo de Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, é procurado desde a noite de quinta-feira (29), quando a mãe do menino confessou a Polícia que o jogou no Rio Tramandaí. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, foi presa em flagrante e no sábado (31) teve a prisão convertida em preventiva, a pedido do delegado de Imbé.

No domingo (1º), a companheira Bruna Nathiele da Rosa, de 23 anos  também foi presa temporariamente, a partir de representação da autoridade policial ao Poder Judiciário.

Um vídeo mostra Bruna ameaçando Miguel enquanto o menino está trancando dentro de um armário. Segundo o delegado, a criança sofria torturas diárias antes de ser morta.

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