Menina de Tramandaí lê 232 livros em menos de um ano

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Antes de completar 12 anos, Kamila concluiu um desafio literário e leu mais de 200 livros. Foto: Arquivo Pessoal

Kamila Wagner Rabello mora no Parque dos Presidentes, em Tramandaí. Ela tem apenas 12 anos de idade e, em menos de um ano, leu 232 livros. Não, você não entendeu errado. DUZENTOS E TRINTA E DOIS LIVROS LIDOS EM MENOS DE UM ANO.

Tudo teve início quando Augusto Rabello, de 36 anos de idade, propôs um desafio literário para a filha: superar a marca alcançada por um garoto do Amapá, que leu 230 livros em um ano.

“Quando ele me sugeriu, fiquei meio em dúvida”, admite Kamila. A estudante do 6º ano do Ensino Fundamental acabou comprando a ideia do pai e deu início às leituras em janeiro deste ano.

Durante o desafio, a garota recorreu bastante à biblioteca municipal e à escola. Cada leitura concluída virou um post no Instagram. Através das redes sociais, Kamila ganhou muito apoio e até… livros (cerca de 100 obras ao todo, segundo a família).

Para não perder o foco, ela revela que adotou algumas estratégias. “Durante a leitura, eu normalmente fico com papeis para fazer anotações e desativo todas notificações de redes sociais para não me distrair”, comenta.

Foi um dia antes do aniversário, em 28 de outubro deste ano, que Kamila alcançou a marca dos 231 livros. No dia seguinte, ainda leu mais um. Missão mais do que cumprida.

A cada livro lido, uma publicação nas redes sociais. Foto: Arquivo Pessoal

Entre as 232 obras, ela destaca duas que chamaram bastante a sua atenção.

Hackeando Tudo, de Raiam Santos: “O autor sugere 90 hábitos, coisas que a gente pode fazer, muitas vezes em até cinco minutos, e que acabam fazendo a diferença para toda uma vida”, relembra Kamila.

O Pequeno Príncipe, Saint-Exupéry: “Já li umas cinco ou seis vezes. Uma das lições do livro é a importância da amizade. Qualquer pessoa de qualquer idade pode tirar uma mensagem muito boa.”

Como tudo começou

A relação de amor com os livros teve início há muitos anos. Desde os primeiros anos de vida, Kamila ganhou livros dos pais. Antes de aprender a ler, ouviu muitas histórias.

Foto: Arquivo pessoal

“Ela não tinha acesso a celular, internet, quando era mais nova. Nem TV a cabo tínhamos. Então, ela passava o tempo se divertindo com os brinquedos e coleções de livros que eram comprados pelo pai”, relata a mãe, Daiana Wagner, de 35 anos. “Nunca foi nada forçado, a gente sempre incentivou”.

Os livros se tornaram um presente frequente na vida de Kamila: nos aniversários, nas comemorações de Natal. Hoje, a menina lê cerca de 100 páginas por dia e incentiva os próprios colegas na escola.

“Se meus pais não tivessem me incentivado eu não teria conseguido terminar o desafio. Eu vejo que os pais de muitas crianças não participam”, ressalva a estudante do 6º ano. “O maior incentivo tem que vir de casa”.

Um olhar para o futuro

Questionada sobre como se vê daqui alguns anos, Kamila responde que quer ser psicóloga. Só que ela deixa bem claro que os livros também entram nesses planos. Afinal de contas, ela pretende escrever e se inspira em autores como Augusto Cury, que é médico psiquiatra.

“Quando as pessoas querem fazer alguma coisa, elas conseguem quando se dedicam. Qualquer coisa que você quiser de verdade, você vai conseguir”, conclui a garota.

Confira o recado deixado pela Kamila para os leitores do Litoral na Rede:

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