Policiais da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (PATRAM) de Osório, prenderam em flagrante, dois pescadores durante a uma abordagem em uma embarcação no Rio Tramandaí, no município de Imbé.
Eles encontraram, 22 peixes da espécie bagre e uma rede de pesca. Os indivíduos foram enquadrados por crime ambiental e levados para a Delegacia.
Na quarta-feira, outros pescadores já haviam sido presos pelo mesmo crime. Neste caso, o delegado de plantão da Delegacia de Polícia de Tramandaí, autuou todos em flagrante e estabeleceu fiança de R$1,8 mil para cada. Apenas um dos homens pagou o valor e os outros foram encaminhados, para a Penitenciária Modulada de Osório.
Entenda a proibição da pesca
Em setembro de 2014, foi homologado um decreto estadual, após discussão de dois anos envolvendo 129 especialistas de 40 instituições. Neste estudo coordenado pela Fundação Zoobotânica, foi analisado o risco de extinção de 1.583 espécies da fauna do Estado.
No total, 403 espécies de peixes foram avaliadas, sendo 325 de água doce, 45 de peixes ósseos marinhos e 33 de peixes cartilaginosos (tubarões e raias). Foram enquadradas em alguma categoria de ameaça, 73 espécies, sendo 40 de peixes de água doce, oito de peixes ósseos marinhos e 25 de cartilaginosos. Destas, 38 (52%) são potencialmente de interesse para a pesca, como o bagre, o dourado e o surubim.
De acordo com o biólogo Marco Azevedo, da Fundação Zoobotânica, o decreto estadual não estipula o intervalo de tempo em que as reavaliações devem ser feitas. “O bagre entrou na lista após constatar-se um declínio de 98% na produção nos últimos 40 anos na laguna dos Patos, segundo dados oficiais. A espécie sofre uma pressão de pesca muito intensa e a área da laguna abriga mais da metade da população brasileira de bagres. Se nada for feito, em alguns anos não teremos mais essas espécies na região da laguna e do Rio Tramandaí”, justificou. (Com informações: ALRS)
